Chapada dos Veadeiros atrai turistas aventureiros e místicos

Chapada dos Veadeiros é Patrimonio Mundial

Dentre as belezas naturais do Brasil, a Chapada dos Veadeiros, no nordeste do estado de Goiás, é uma das mais encantadoras para os turistas. Situada no coração do país, a região abrange alguns municípios, como Alto Paraíso de Goiás e Cavalcante. O local é área de proteção ambiental e pertence ao Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, criado em 1961 pelo então presidente Juscelino Kubitschek.  No final de 2001, a UNESCO – Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura – reconheceu o parque como patrimônio. A paisagem encantadora da Chapada atrai milhares de turistas, que também buscam se aventurar pelos seus cânions, piscinas naturais, rios, cachoeiras, trilhas em meio ao cerrado etc. A região também é perfeita para amantes de esportes radicais, como canoagem, rafting, rapel, trekking, dentre outras modalidades. Na Chapada dos Veadeiros, o que não falta é opções de lazer e diversão para os visitantes.

Para explorar o Parque Nacional com segurança, é necessário procurar um guia. No município de Alto Paraíso, o Centro de Atendimento ao Turista (Av. Ari Valadão Filho, 1100) oferece algumas alternativas. É possível escolher do guia mais simples a pessoas especializadas, como historiadores, místicos ou geógrafos. Já na Vila de São Jorge, a 36 km do centro da cidade, as pessoas também conseguem alguém para orientar melhor sobre o passeio. O vilarejo também é a porta de entrada para o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, razão pela qual concentra algumas pousadas, restaurantes, feiras de artesanato e comércio.

As melhores atrações do Parque são as quedas d’água do Rio Preto, o Salto 1 e o Salto 2, ambas consideradas cartões postais da reserva. Uma delas, de 80 metros de altura, deságua na maior piscina natural da região. O local possui areia branca nas margens, o que o torna semelhante a uma praia. Já a segunda cachoeira tem 120 metros. Ambas são perfeitas para o banho. Porém, para chegar a esses lugares, é preciso encarar uma trilha de aproximadamente 6 km, com alguns trechos íngremes e cheios de pedras no caminho. Mas vale a pena! Não deixe de conhecer os Cânions 1 e 2 e a Cachoeira das Carioquinhas, que também possui piscinas naturais de águas puras, próprias para banho. Outro ponto interessante do Parque é o Vale da Lua, um lugar repleto de rochas esbranquiçadas que possui aspecto lunar. Tudo isso cercado por uma fauna e flora exuberantes, que varia conforme a época do ano. De maio a setembro, quando chove menos, a paisagem ganha aparência árida e árvores de folhas secas. No período que vai de outubro a abril, a região fica mais verde e florida, além das cachoeiras e rios, que ficam mais volumosos. Alguns animais da fauna brasileira que correm o risco de extinção também estão bastantes presentes no nordeste goiano, como o cervo do pantanal, o lobo guará, a capivara, o urubu rei, a anta, o tamanduá-bandeira, dentre outros.

Outra particularidade da Chapada dos Veadeiros é o forte apelo para o turismo místico. A forte presença de quartzo no solo da região faz com que a chapada seja vista como um centro de concentração de energia. O fato de ela ser cortada pelo paralelo 14, que também atravessa Machu Picchu, no Peru, é outro fator que reforça essas crenças. A cidade de Alto Paraíso, por si só, atrai muito esse público. Fica a dica para os mais esotéricos!

Foto Chapada dos Veadeiros: vilaboadegoias.com.br

Monte Verde, um charme nas montanhas mineiras

Uma das muitas pousadas de Monte Verde

Se Campos do Jordão é a Suíça do estado de São Paulo, Monte Verde é a de Minas Gerais. Aliás, ambos os lugares ficam próximos um do outro, na região da Serra da Mantiqueira. Monte Verde trata-se, na verdade, de um distrito turístico pertencente ao município de Camanducaia, no extremo sul mineiro. O charmoso vilarejo, cuja população é de aproximadamente 5000 habitantes, dispõe de cerca de 120 hotéis e pousadas com capacidade para acomodar 8000 visitantes. A época do ano mais recomendada para se visitar Monte Verde é durante o inverno, quando o frio de montanha – o vilarejo fica a mais de 1500 metros de altitude – predomina em toda a região serrana. Apesar disso, nada impede que o local seja visitado em outras épocas do ano. O clima romântico é propício para casais em lua de mel e as opções de diversão também atraem famílias e grupos de amigos.

A primeira dica aos viajantes que chegam a Monte Verde é parar no portal da vila e procurar a sede da Associação de Hotéis e Pousadas para se orientar sobre hospedagem e roteiros de passeio. Alternativas de lazer são coisas que não faltam nesse lugar, onde é possível praticar montanhismo, caminhada em trilhas no meio da mata, rafting, trecking, paintball etc. Não deixe de se aventurar na pista de patinação no gelo, uma das principais atrações de Monte Verde. O local é fechado e funciona durante o ano inteiro. Dentre as trilhas para os mais aventureiros, destaque para a Pedra Redonda e Pedra Partida, ambas com incríveis vistas panorâmicas em seus topos. Mas é no Pico do Selado, o mais alto de Monte Verde, que as pessoas podem deixar suas marcas. Porém, para escrever uma mensagem no livro do cume, é necessário ser escalador. Apenas esses esportistas podem subir ao topo do cume, por questão de segurança. Outras trilhas que levam a pontos altos da cidade são a do Chapéu do Bispo e o Platô. Vale lembrar que é necessário carregar na mala protetor solar, repelente e roupas mais pesadas.

As belíssimas casas em estilo europeu e os bons restaurantes de comida mineira são atrações a parte. Aliás, como em todas as boas estâncias de inverno, a gastronomia é um ponto forte. No caso de Monte Verde, existem inúmeras opções de queijos, licores, doces, fondues e vinhos. Pratos à base de truta, pratos italianos e a comida mineira tradicional – feita em fornos à lenha – também estão bastantes presentes nos restaurantes locais. Ou seja, Monte Verde é, de fato, um destino irresistível!

Foto pousada Monte Verde: tripadvisor.com.ar

Embu das Artes, um celeiro de criatividade

Embu das artes, uma cidade muito criativa

A Região Metropolitana de São Paulo reserva atrações de todos os tipos. Um dos lugares mais interessantes dessa selva de pedra é a cidade de Embu das Artes, localizada a 30 quilômetros do centro da capital paulista. O local atrai mais de 20 mil pessoas por fim de semana. Fazendo jus ao nome, o município é reduto de poetas, músicos, escultores, pintores e dançarinos. No centro histórico de Embu concentram-se as principais atrações, além de ser a principal vitrine para estátuas, versos, literatura geral, músicas e quadros. A dica é levar uma quantidade mínima de dinheiro para levar para casa uma lembrancinha das inúmeras barracas de artesanato. Esta simpática cidade de aproximadamente 260 mil habitantes ganhou sua vocação para as artes no século 16, com os jesuítas que catequizavam os índios e esculpiam imagens católicas para o acervo das sacristias locais.

A cena artística de Embu já é bastante tradicional. No início do século passado, a cidade atraía artistas renomados da época, como Cássio MzBoy, amigo de importantes nomes do modernismo brasileiro dos anos 20, como Tarsila do Amaral e Anita Malfatti. Com o passar do tempo, o movimento se sofisticou e eventos tradicionais, como o Salão de Artes Plásticas de Embu, surgiram na cidade. Não deixe de conhecer o Conjunto Jesuítico, construído no começo do século 18 para abrigar a ordem religiosa. Atualmente, os visitantes podem conhecer o Museu de Arte Sacra, situado no complexo. Nas proximidades do Conjunto Jesuítico, está uma das principais feiras de artesanatos do país, com mais de 500 expositores, além de ateliês e museus situados em construções antigas do centro histórico. O local é perfeito para comprar pinturas, roupas, porcelanas, plantas, flores, móveis rústicos etc. A Feira de Artes e Artesanato foi criada em 1969 e hoje é símbolo da cidade.

A arte indígena também é forte em Embu das Artes. No Museu do Índio, as pessoas podem conhecer um grande acervo de objetos usados em tribos de todo o Brasil. O local é aberto de terça a domingo, das 10h às 18h. Já no Memorial Sakai, as belas esculturas em terracota, produzidas pelo artista japonês Tadakio Sakai, encantam os turistas. Outros lugares interessantes para serem visitados é o Parque do Lago Francisco Rizzo e o Parque Ecológico Cidade das Abelhas, onde é possível conhecer a arte da apicultura.

Para chegar à cidade de carro, o melhor caminho é pela rodovia Régis Bittencourt (BR-116), sentido Curitiba, no km 279. Esta estrada pode ser acessada pelo trecho oeste do Rodoanel ou pela Marginal Pinheiros. Alguns ônibus com destino ao centro de Embu também saem de alguns lugares da capital, como o Largo das Batatas e na estação do metrô Campo Limpo, da linha lilás.

Foto Embu das Artes: apoiopontual.com.br