Tallinn, Capital Europeia da Cultura 2011

Tallinn é a Capital Europeia da Cultura 2011

Mesmo tendo sido contemplada com o menor orçamento da história das capitais europeias da cultura, os responsáveis pelo Projeto Tallin 2011 decidiram investir fortemente na cultura por toda a cidade. “Histórias da costa marítima” é o tema principal do Projecto Tallin 2011. Durante séculos o mar foi o caminho para os estônios entrarem em contato com os povos europeus. Na época soviética os portos foram fechados e o mar transformou-se apenas numa barreira. Agora, o objetivo do projeto é o de ‘devolver o mar aos cidadãos’.

A Estônia nunca foi um destino muito visado pelo turismo de massa. Entretanto, depois de Tallin ter sido eleita a capital cultural europeia da vez, a tendência é que o fluxo de turistas aumente bastante.

Eventos estão previstos para quase todos os dias do ano, nas mais diversas áreas – cinema, literatura, teatro, música… E por falar em música, aproveitando a moda do samba-reggae na Estônia, um dos principais eventos será o AfroReggae & TRUMM-IT. Para quem nunca ouviu falar, o Grupo Cultural Afroreggae é um projeto social brasileiro, iniciado nas favelas do Rio de Janeiro, que tem como objetivo possibilitar aos jovens carentes o acesso à arte e à cultura, através de aulas de percussão ou de teatro. A partir daí formou-se a banda de afroreggae, na qual o grupo TRUMM-IT, sediado em Tallin, foi inspirado. Patrocinado pelo governo local, jovens estonianos de baixa-renda agora tem condições de aprender a tocar percussão sem ter que pagar nada por isso. O evento previsto reunirá os dois grupos em diversas apresentações. Para conferir a grade completa da programação, acesse o website oficial do evento Tallin2011.ee.

Descobrindo a Antiga e a Moderna Tallin

Durante a maior parte de seus quase 1000 anos de história, a Estônia esteve sob o jugo de diferentes povos, dos quais se destacam os dinamarqueses, os alemães, os suecos e os russos, que deixaram fortes marcas na cultura deste povo e na arquitetura de suas cidades. Os russos-soviéticos foram os últimos a ocuparem o país. Foi apenas com a derrocada do regime soviético que a Estônia obteve sua independência, em 1991. Estas sucessivas ocupações acabaram refletindo-se na arquitetura de seus monumentos históricos medievais, tornando único o estilo Gótico Estoniano.

As origens da cidade de Tallin remontam ao século XIII, quando um castelo foi construído pelos cavaleiros cruzados da Ordem Teutônica. Dentre os símbolos arquitetônicos nacionais, a chamada Cidade Velha, que é o centro histórico de Tallin, foi considerada a mais bem preservada cidade medieval da Europa e tombada como Patrimônio Mundial pela UNESCO.

O centro histórico da cidade de Tallin é dividido em duas partes: a All-Linn, parte baixa, e a Toompea, parte alta, onde vivia a classe dominante. O passeio pela Cidade Velha inicia-se através do portão Viru Gates (parte baixa). Seguindo pela rua Viru, você encontrará uma grande concentração de lojas e restaurantes; ao seu final, chega-se no coração da cidade – a Praça Central Raekoja Plats. Durante a alta temporada de verão, a praça fervilha com seus cafés com mesas ao ar livre, e vira palco de vários shows musicais e um Festival Medieval. Não deixe de visitar o palácio gótico da prefeitura, que agora abriga um museu e um auditório para concertos.

Também é aqui que funciona, desde 1422, a farmácia mais antiga do mundo. Administrada de 1581 até 1911 por dez gerações consecutivas de uma mesma família – os Burcharts –, ficou muito famosa na época do czar russo, que costumava encomendar seus remédios aqui.

E para os interessados em artesanato, faça uma caminhada por uma das mais charmosas ruelas medievais – a St. Catherine’s. Nesta passagem estão reunidas várias lojinhas de artesanato e que são conhecidas como a Guilda de St. Catherine. Os artistas utilizam métodos tradicionais para criar objetos de cristal, cerâmica, couro, chapéus, colchas, e várias outras peças. Se chegar na época de natal, dê uma passada nos mercados ao ar livre – lã, algodão, linho, chocolates, cerveja, defumados e presentes tradicionais são alguns dos ‘mimos’ à venda. O maior destes mercados está localizado na praça Raekoja.

Subindo pelas charmosas ruelas medievais, chega-se à parte alta do centro histórico – Toompea. A partir das plataformas de observação Patkuli e Kohtuotsa, é possível ter uma vista encantadora da Cidade Velha, do litoral e do centro da cidade moderna de Tallin. A riqueza do local é demonstrada pela opulência de suas construções – as muralhas da cidade, com suas 26 torres de observação, numerosos casarões construídos pela aristocracia na Idade Média e as casas comerciais germânicas que datam, na sua maioria, dos séculos XIV – XV. Outra atração são as igrejas batista St. Olaf`s (São Olavo), construída entre os séculos XV e XVI; a igreja St. Nicholas` (São Nicolau), do século XIII, e que funciona como museu de arte sacra e sala de concertos; e a Catedral Ortodoxa Russa Alexander Nevsky, da época  em que a Estônia fazia parte do Império Czarista.

Encravada num penhasco de pedra calcária, o Castelo de Toompea sempre foi – e ainda é – o centro de poder da Estônia. Desde os cavaleiros da Ordem Teutônica, todos os Impérios estrangeiros que governaram o país tiveram o castelo como sede. Seguindo a tradição, atualmente é a sede do parlamento estoniano. O escritório do Primeiro Ministro fica na Casa Stenbock, a um minuto de caminhada do parlamento.

Centro histórico de Tallinn

Outra visita recomendada é ao Monastério Dominicano, agora transformado em museu. Durante a sua caminhada pelos corredores do Monastério de St. Catherine, caso imagine ter ouvido cantos de monges que ali viveram séculos atrás, não se preocupe. Não será o primeiro a afirmar já tê-los escutado. Erguido em 1246, esta é a mais antiga e bem preservada construção da cidade de Tallin. Para quem ficou interessado, saiba que as visitas guiadas ao local devem ser pré-agendadas.

Deixando a ‘cidade medieval’, logo você se depara com uma Tallin totalmente modernizada. Um dos melhores exemplos da arquitetura moderna é o bairro Rotermann, que fica logo depois da Cidade Velha. Antigos prédios industriais foram reformados e agora abrigam um grande número de butiques, hotéis, cafés, galerias e um mercado ao ar livre famoso pelos seus eventos como feiras temáticas, exposição de carros e concertos musicais. Para compras e entretenimento, a cidade também conta com o espaçoso Ülemiste Shopping Centre.  Já o Museu de Artes Kumu exibe grande parte da arte estoniana dos períodos clássicos e moderno. Foi eleito como o melhor museu da Europa em 2008. Com reabertura prevista para junho de 2011, o Museu de História da Estônia apresenta a história estoniana desde o período pré-histórico até finais do século XX. Filmes e atrações interativas mostram como este povo viveu, lutou e sobreviveu nos últimos 11.000 anos.

Por último, que tal um passeio pelo Kadriorg Park, que é um dos mais ilustres parques artificiais da Estônia, e onde pode-se dar uma parada para fazer um piquenique?

Para os que gostam dos agitos da vida noturna, em Tallin sobram opções. Concentrados na Cidade Velha e seus arredores, as atrações são para todos os estilos e ritmos. A Black Taverna é um restaurante que oferece pratos típicos e internacionais e a Deja Vu Lounge é uma ‘modernosa’ mistura de bar e restaurante. Para mergulhar na atmosfera de bares temáticos, vá ao Depeche Mode Bar, que foi aberto em 1999 por um grande fã da banda. Em 2001, ganhou fama mundial após a visita dos integrantes da própria banda DM, uma noite antes de um show que fizeram na cidade. Desde então, além de ter recebido uma segunda visita da banda, vários outros famosos já passaram por lá. A ‘prova’ destas célebres visitas estão nas assinaturas deixadas na famosa Parede dos Autógrafos do bar. Procurando algo mais tradicional, então circule entre as várias opções de bares e restaurantes situados no centro histórico. Um deles, o Karja Kelder, é um bar decorado no tradicional estilo estoniano. Oferece uma grande variedade de marcas de cerveja e possui uma ótima adega de vinhos. Querendo algo mais agitado, não deixe de ir à casa noturna mais quente da cidade – o Club Hollywood. O público frequentador varia de acordo com o tipo de evento e músicas – hip hop, retrô, latinas, techno, só para citar algumas – que são embaladas pelos melhores DJs.

Mas Tallin não se restringe ao seu lado medieval e moderno. Dirigindo-se para o Oeste da cidade, você poderá visitar o Museu Rocca al Mare. Localizado no subdistrito rural de Tallin que leva o mesmo nome, este museu ao ar livre recria a vida em uma vila do século XIX. Um total de 12 fazendas estão distribuídas neste parque florestal. Lá você terá a oportunidade de ‘viajar no tempo’, na época da velha Estônia rural. São vários exemplos da arquitetura rural, tais como casas de fazendas com seus telhados de palha, moinhos de vento, uma capela de madeira, além de móveis e utensílios domésticos que eram utilizados. Demostrações também são feitas de forma a apresentar como era o dia-a-dia do povo estoniano de  antigamente, como viveram e como trabalharam. Dependendo do dia, também poderá ver apresentações de grupos da dança folclórica. O zoológico de Tallin, que também fica nesta área, ocupa 87 hectares. A lista de animais ‘residentes’ inclui rinocerontes, camelos, ursos polares, leões, bizões, cobras, dentre muitos outros. Curiosamente, o zoo mantém o maior rebanho de cabras da montanha e ovelhas do mundo. Visitas guiadas em inglês ou outras línguas estrangeiras devem ser previamente agendadas.

Fotos: DamienHR, marknw1 no Flickr

Ilha de Florianópolis: aqui todo mundo se diverte

A ribeirão da Ilha com as belas praias de Florianópolis

Considerada capital turística do Mercosul, a ilha de Florianópolis já ocupa a sexta posição entre as cidades mais visitadas do Brasil, de acordo com o último relatório da EMBRATUR. E por conta de suas belezas naturais, herança cultural e opções de lazer para todos os gostos e bolsos, vem também se afirmando como um dos melhores destinos de férias do mundo.

A história de Florianópolis, capital do Estado de Santa Catarina, confunde-se com a história da ocupação e povoamento do território brasileiro. Depois de algumas tentativas fracassadas, a colonização efetiva da ilha de Santa Catarina aconteceu em 1748. Chegam, então, os primeiros imigrantes da Ilha dos Açores, a maioria pescadores e agricultores, trazendo consigo não só o desejo de uma vida mais digna, mas também suas tradições culturais e religiosas, superstições e crendices. Bruxas-vampiras, feiticeiras, lobisomens e boitatás – todos esses seres encantados povoavam o imaginário daqueles primeiros colonos açorianos; seus descendentes, ainda hoje, podem jurar de pés juntos que todos eles de fato existem e nos advertem a tomar cuidado.

O fato é que todos estes personagens já fazem parte da mitologia do povo catarinense. E foi por conta deste universo paralelo – de bruxas poderosas e lobisomens em noite de lua cheia – que a ilha de Florianópolis ou, como alguns preferem, ‘Floripa’, acabou recebendo a alcunha de ‘Ilha da Magia’. Entretanto, a magia ilhoa foi além de todas estas lendas de origem celta trazidas do ‘Velho Continente’; passou também a exprimir a beleza das construções centenárias de influência portuguesa, das suas praias verde-azuladas e as paisagens deslumbrantes, que incluem baías, enseadas, lagoas, costões e algumas pequenas ilhas. O lugar é, definitivamente, mágico e capaz de encantar a todos que o visitam.

Florianópolis conta com uma parte insular (ilha) e outra continental. Foi em 1927, com a construção da ponte pênsil Hercílo Luz, que a parte continental foi incorporada à ilha; a partir de então, as pessoas já não precisavam depender de barcos para fazer a travessia.

Até 1975, a ponte Hercílo Luz consistiu na única via de acesso entre a ilha de Florianópolis e o continente. Por medida de segurança, a ponte foi fechada ao acesso de veículos em 1982. Tombada como patrimônio histórico e artístico pelo IPHAN, tornou-se um dos principais cartões postais da cidade de Florianópolis. Atualmente, são duas as pontes que ligam a ilha à parte continental. Uma delas, é a ponte Colombo Salles, no sentido continente, e a ponte Pedro Ivo Campos, através da qual chega-se à ilha.

Para o turista que vem de carro, o centro será a primeira região avistada. Com ares de cidade grande e muito movimentada, é aqui que se concentra a maior parte do comércio e prédios históricos. Algumas das principais atrações seriam a Catedral Metropolitana, que dispõe de um acervo de arte sacra; a Praça XV de Novembro, a partir de onde, mais de 200 anos atrás, a cidade começou a expandir-se; o Palácio Cruz e Sousa, antigo Palácio do Governo e atual Museu Histórico de Santa Catarina e, finalmente, o Mercado Público Municipal, de finais do século XIX, que é tanto ponto de encontro de políticos, intelectuais, boêmios, artistas, nativos e turistas, como também palco de manifestações populares, como do famoso boi-de-mamão, e da cantoria de músicos locais. Querendo fazer umas comprinhas, saiba que o centro dispõe de um diversificado comércio. Cansou e está com fome? O que não falta são lanchonetes, bistrôs e restaurantes para todos os paladares. E para quem estiver atrás de diversão noturna, pode optar entre os milhares de bares e choperias e as casas noturnas de estilos e públicos diversos.

O centro da capital corresponde à região Oeste da ilha. Para quem deseja seguir para as praias, isto é, para as regiões Norte, Sul ou Leste, a principal via de acesso é a Avenida Beira-Mar Norte. O cenário no entorno desta avenida é fantástico – de um lado contorna toda a baía norte e, do outro, é margeada por prédios luxuosos, hotéis, bares e restaurantes. Vale à pena uma parada para tirar umas fotos nos trapiches da beira-mar. Pena que neste local o mar é impróprio para banho, devido a poluição das águas. É bonito só pra olhar e fotografar. Aliás, algumas praias na ilha sofrem do mesmo ‘mal’. Por isso, antes de aventurar-se nas praias, trate de consultar o relatório de balneabilidade (praias próprias ou impróprias para banho).

Ao percorrer a Avenida Beira-Mar, fique de olho nas placas, que indicarão que rumo tomar para se chegar às regiões Norte, Sul e Leste da ilha. A propósito, são estas as regiões que oferecem, além das praias, as melhores opções de turismo de aventura e esportes radicaistrilhas em meio à Mata Atlântica; cavalgadas em noites de lua cheia no Rio Vermelho; aulas de surf nas praias dos Ingleses e praia da Joaquina; mergulhos em ilhotas satélites de Floripa, como a ilha do Arvoredo, ilha das Aranhas e ilha do Xavier; o arvorismo nos arredores da praia do Santinho; o voo livre a partir da rampa do morro da Lagoa da Conceição e do Costão Norte da praia Mole; dentre muitos outros.

As praias

Um dos principais slogans da ilha são as suas 42 praias de beleza ímpar. A novidade é que, no último levantamento completo encomendado por um órgão da prefeitura da capital catarinense, foram mapeadas e catalogadas mais de 100 praias. Apesar de reconhecidas pela população local, algumas sequer possuem um nome.

Em se tratando das 42 praias conhecidas do público em geral, suas características variam de acordo com a região da ilha em que se encontram.

As praias do norte são as mais urbanizadas e oferecem uma completa infraestrutura com hotéis, pousadas, resturantes, bares, casas noturnas e um diversificado comércio. Portanto, são ideais para aqueles que querem curtir uma praia, sem abrir mão dos confortos urbanos. Além do mais, é perfeito para famílias com crianças – nesta região, com exceção das praias dos Ingleses e do Santinho, predomina o mar manso.

E para os que gostam de história e arqueologia, não deixem de visitar as três fortalezas no norte ilhéu e o Museu Arqueológico ao Ar Livre. As fortalezas foram contruídas pelos portugueses, no século XVIII, quando o sul do Brasil era objeto de disputa entre Portugal e Espanha. Nessa época, a ilha de Florianópolis era uma importante escala de abastecimento e reparo de embarcações que navegavam pela costa brasileira rumo à Bacia do Prata. Hoje, graças ao ‘Projeto Fortalezas da Ilha’ de SC, estas fortificações foram restauradas e abertas à visitação durante todo o ano. A Fortaleza de São José da Ponta Grossa (1740), está localizada na ilha, na praia do Forte; a de Santa Cruz de Anhatomirim (1739), na pequena ilha de Anhatomirim; e a de Santo Antônio de Ratones (1740), na ilha de Ratones Grande. E na praia do Santinho, você poderá visitar o Museu Arqueológico ao Ar Livre, que conta com um verdadeiro patrimônio histórico – inscrições rupestres milenares. Estes são os registros mais antigos de uma civilização pré-histórica, conhecida como Homem do Sambaqui, que habitou o território catarinense há pelo menos 5.000 anos atrás.

Já nas regiões Sul e Leste, se comparadas com as praias do norte, são menos estruturadas, as praias são mais vazias e o mar é bravo. No leste, o centrinho da Lagoa da Conceição, seguido da Avenida das Rendeiras e seus arredores, é onde se encontra o maior número de restaurantes especializados em frutos do mar, bares e casas noturnas da região. Também é aí que o turista terá a oportunidade de conhecer as famosas mulheres rendeiras, em plena ação, confeccionando a mundialmente famosa renda de bilro. As dunas, que começam na Lagoa e se estendem até a praia da Joaquina, são perfeitas para a prática do sandboard (surf na areia). E por falar em praia da Joaquina,  além de santuário dos surfistas, também é famosa por sediar campeonatos de surf nacionais e internacionais. Outra atração imperdível é a Costa da Lagoa, onde só é possível chegar de barco ou por meio de uma trilha, em meio à Mata Atlântica, com saída a partir do Canto dos Araçás. Considerado um  dos últimos redutos da cultura açoriana, a comunidade de pescadores e rendeiras da Costa ainda vivem como os seus antepassados açorianos.

Mas é no sul ilhéu que encontramos a maior parte das vilas e lugarejos onde o tempo praticamente parou, e as praias são pouquíssimo frequentadas. Isso se dá pelo fato de serem locais de mais difícil acesso. Nas praias de Naufragados e Lagoinha do leste, por exemplo, o único acesso é por meio de trilhas. Nestas praias, ainda preservadas da ação do homem, o turista encontrará, além da exuberante mata nativa, mangues e lagoas nos arredores.

Turismo de Luxo

Em 2009, Florianópolis figurou na 24º posição, na lista anual do The New York Times, como um dos 44 destinos mais ‘quentes’ do mundo. Com os holofotes internacionais apontados em sua direção, Floripa acaba por desbancar Punta del Leste, no Uruguai, como o balneário sul-americano preferido do jet set internacional. O cenário escolhido para a reunião destes jet setters é Jurerê Internacional, no norte da ilha catarinense, que acaba por concentrar o maior número de milionários e celebridades por metro quadrado.

Considerada a Beverly Hills tropical, o bairro é repleto de mansões cinematográficas, hotéis cinco estrelas, restaurantes sofisticados e heliportos. Durante o ano todo, o local exibe um ambiente completamente familiar. Mas no verão, Jurerê vira um centro de badalação dos mais concorridos. Durante a temporada, tudo o que se vê são carros importados circulando nas avenidas, helicópteros pousando, mulheres desfilando seus bronzeados e modelitos de grife e uma praia lotada de gente bonita bebendo champanhe à beira do mar.

Foto das Pontes Pedro Ivo Campos e Colombo Sales que ligam o continente a Ilha de Santa Catarina em Florianópolis.

No Jurerê Open Shopping, que é um roteiro de atrações a céu aberto em toda a extensão do bairro de Jurerê Internacional, encontra-se, dentre outros, a Orla Gastronômica (os Beach Clubs), com bares e restaurantes à beira mar, que fervem até altas horas da madrugada; as Plataformas 1 e 2 (o ‘calçadão’), com suas praças de alimentação e lojas de grife, e as Casas Noturnas, com badalações de alto calibre e atrações internacionais. Mas caso você não seja uma celebridade ou um milionário, não tem problema. Ainda assim você pode visitar o local e tomar um banho de mar. Apesar dos preços proibitivos da maioria dos restaurantes, na praça da alimentação você encontrará pratos bastante acessíveis ao seu bolso.

O verão é sempre uma ótima época para se divertir em Floripa. Mas para quem está com o orçamento meio apertado, o melhor mesmo é tentar tirar férias entre o mês de novembro e o feriado de natal – nesta época as temperaturas já estão elevadas, as praias não estão tão lotadas e, o que é melhor, os preços de hotéis e pousadas ainda são os de baixa temporada.

E, ao contrário do que se pensa, a ilha de Floripa é bastante grande – de uma ponta a outra são quase 100 Km. Então, para aqueles que acham possível conhecer várias praias num só dia, acaba se frustrando e até perdendo a paciência. Além das distâncias entre uma e outra, também tem a questão do tráfego – durante o verão, a população praticamente dobra e os congestionamentos nas rodovias de acesso às praias são inevitáveis. Então, melhor conhecer bem algumas praias, curtindo-as com tranquilidade, do que passar duas ou três horas preso no trânsito na ilusão de poder conhecer todas. Também é bom evitar os horários de pico. Saia de manhã bem cedo, no máximo até 9h, e tente voltar antes das 16:00h. De resto, é só relaxar e curtir a Ilha da Magia.

Como chegar

Para quem chega de avião, no Aeroporto Internacional Hercílio Luz estão disponíveis serviços de táxi, locadoras de automóveis e pontos de embarque para ônibus urbanos e executivos. Para os que optam pelo ônibus de transporte rodoviário, desembarcará no terminal Rita Maria, que também dispõe de locadoras de carros, serviços de táxi e o Terminal de Integração (transporte coletivo urbano) fica a apenas 150 metros da rodoviária. E, finalmente, para os que vierem de carro, o acesso à ilha de Florianópolis fica no quilômetro 206 da rodovia BR 101, no município de São José. Logo em seguida, você pegará a Via Expressa (continuação da BR 282), que termina na ponte Pedro Ivo Campos (liga o continente à ilha).

Pouco antes da entrada da ponte Pedro Ivo Campos, você verá o Portal Turístico, que atende e orienta os turistas, e onde os ônibus e vans de turismo tem parada obrigatória a fim obter o selo de circulação na cidade. Para entrar em contato com o Portal Turístico, ligue para (48) 3271 7028 ou (48) 3271 7014. O horário de funcionamento é das 08:00 às 20:00h. Para maiores detalhes, também acesse o site da SANTUR (Santa Catarina Turismo).

Foto: Marco Nunes no Flickr
Foto 2: JMAugustin na Wikimedia Commons