Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque (Amapá)

Vista do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque
Vista do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque

Situado ao norte do Amapá na fronteira com a Guiana Francesa está o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque. Instituído de forma oficial no ano de 2002, tem quase 3.900 hectares de terra. Acesso turístico limitado porque o constante tráfego de pessoas e veículos pode prejudicar os ecossistemas da região. O Parque também abrange parte do Pará.

Distribuído nos seguintes municípios:

  • Almeirim
  • Calçoene
  • Ferreira Gomes
  • Laranjal do Jari
  • Oiapoque
  • Pedra Branca do Amapari
  • Pracuuba
  • Serra do Navio

Objetivos de criação do Parque

Criado com intuito de assegurar a diversidade biológica e os recursos naturais, promovendo maior acesso para pesquisadores científicos e desenvolvimento da educação como forma de turismo ecológico.

Considerado como o maior Parque Nacional do Brasil. Ampla presença das florestas tropicais. Antes da presidência da República decretar a reserva como oficial, foi realizado estudo feito pelo PRONABIO (Programa Nacional de Diversidade Biológica), INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

A área do parque é um pouco menor do que o território da Suíça.  O Parque está em quase 27% da região do Amapá. Presente de forma onipresente no escudo das Guianas, em plena planície do Amazonas.

O clima da região é tropical, quente em plenitude, com mistura de regiões que trazem alto índice de umidade. Temperatura média de vinte e seis graus célsius.

Fauna composta por tipos de animais carnívoros que estão no topo da cadeia alimentar. Onça pintada e suçuarana são os dois felinos predadores destaques na região. Também há primatas, macacos de inúmeras espécies: Macaco-de-cheiro, prego, cuxiú, parauaçu, guariba e aranha. Conta com uma das maiores biodiversidades do mundo.

A flora do Parque tem partes consideradas intocadas. Nos morros a vegetação predominante tem características esparsas. As famílias vegetativas mais encontradas na região são:

  • Bromeliáceas
  • Cactáceas
  • Bignonianceae
  • Bombacaceae
  • Euphorbiaceae
  • Moraceae
  • Sterculiaceae
  • Lauraceae
  • Vochysiaceae
  • Sapotaceae
  • Lecythidaceae
  • Leguminosas
  • Combretaceae
  • Anacardiaceae
  • Rubiaceae
  • Meliaceae
  • Sapindaceae
  • Annonaceae
  • Arecacea.
  • Maçaranduba
  • Maparajuba
  • Cupiúba
  • Jarana
  • Mandioqueira
  • Louros
  • Acapu
  • Acariquara
  • Matamatás
  • Faveiras
  • Bioranas
  • Tauari
  • Tachi

Informações adicionais

No blog “montanhasdotumucumaque.blogspot.com.br” são encontradas informações interessantes sobre aspectos ligado ao Parque. Traz artigos que explicitam todos os projetos de educação ambiental promovida por ações da iniciativa pública ou privada.

Para ser considerado um local de ecoturismo os pontos turísticos não podem ter apenas recursos naturais em grandes áreas vegetativas. Educação para as futuras gerações também faz parte dos preceitos sustentáveis.

Foto: odtur.blogspot.com.es

Praias fluviais paradisíacas no coração da Amazônia: Bem vindo a Santarém

Praia Alter do Chão é a praia de água doce mais bonita do mundo

A segunda cidade mais importante do Pará é Santarém, localizada no oeste do estado, na metade do caminho entre as duas maiores metrópoles amazônicas: Belém e Manaus. Situada na confluência entre os rios Amazonas e Tapajós, Santarém possui um “litoral” de águas doces com praias de areias finas e clima equatorial. Não é a toa que a cidade é considerada o Caribe Brasileiro. Em frente à área urbana, o espetáculo do encontro das águas desses dois rios importantes do norte do país é testemunhado todos os dias por turistas e moradores. Sem dúvida, o principal cartão postal da cidade!

Observar o encontro das águas faz parte da lista de atrações indicadas para turistas que visitam Santarém. Em alguns horários do dia, os dois rios se empurram e ficam mais agitados. Às vezes, o Tapajós manda para longe do calçadão as águas do Amazonas. Mas a alternância permite também que a alta velocidade do maior rio do planeta invada as proximidades da orla de Santarém e expulse para longe as águas quentes do rio Tapajós.

Santarém faz parte de uma rota de turistas estrangeiros que chegam à floresta Amazônica em navios transatlânticos. Não deixe de visitar a Praia Alter do Chão, localizada à margem direita do rio Tapajós, a 37 km do centro da cidade. De acordo com classificação feita pelo jornal britânico “The Guardian” em 2009, Alter do Chão é a praia de água doce mais bonita do mundo inteiro. Além dos atrativos naturais, a tradicional Festa do Sairé é conhecida pela mistura de elementos religiosos e profanos. No distrito de Alter do Chão, existe uma boa infra-estrutura pronta para acolher os visitantes. São postos telefônicos e de saúde, pousadas, lojas de artesanato, restaurantes, áreas para caminhada ecológicas e com presença de botos (animal típico da região amazônica) etc. Vale a pena conhecer também as praias de Ponta de Pedras, Pajuçara e Maracanã. Quem visita a praia Arariá deve estar preparado para mergulhar num ambiente mais selvagem, sem muitos resquícios da civilização. O local não possui infra-estrutura para visitantes. O passeio é apenas entre o turista e a natureza, o que a torna mais atrativa para aventureiros. Está situada a noroeste da cidade, próxima ao aeroporto. O único meio de chegar ao local é via fluvial.

Na área urbana, os atrativos são os museus e monumentos históricos. A dica é visitar o Centro Cultural João Fona, com seu acervo arqueológico que conta a história dos povos indígenas que habitavam a região. A história da influência católica no oeste paraense pode ser vista no Museu de Arte Sacra, localizado no centro da cidade. A Igreja Nossa Senhora da Conceição e o antigo Teatro Vitória são locais que também não podem ser dispensados pelos visitantes.

Foto Praia Alter do Chão Santarém: destinosbrasil.org

Cercada pela floresta Amazônica, Porto Velho guarda momentos importantes da história do Brasil

Porto Velho, cercada pela floresta Amazônica

A terceira maior metrópole amazônica possui pouco mais de 430 mil habitantes e é uma das cidades que mais crescem no Brasil. Porto Velho, capital de Rondônia, está localizada no norte do estado e possui uma população diversificada, que veio de todas as partes do país para construir toda a riqueza existente na região. Quem anda pelas ruas de Porto Velho, ouve sotaques de todas as origens: paulista, carioca, gaúcho, mineiro, mato-grossense, baiano, goiano, pernambucano, paranaense, capixaba, dentre outros. Não é muito comum encontrar um morador que seja natural daquele distante estado. A cidade sempre atraiu migrantes nordestinos e até mesmo das prósperas regiões Sul e Sudeste – em larga escala, diga-se de passagem. Até mesmo quem nasceu em Rondônia passou a vida inteira ouvindo as histórias de família contadas em outros sotaques. Não é exagero afirmar que o Brasil se encontra em Porto Velho.

Fundada no começo do século passado, a capital rondoniense nasceu estimulada pela construção da polêmica Estrada de Ferro Madeira Mamoré. A linha férrea também é conhecida como a Ferrovia do Diabo, pelo fato de uma enorme quantidade de trabalhadores terem morrido durante a sua construção. Os 366 km de extensão foram construídos entre 1907 e 1912, para ligar a cidade a Guajará-Mirim e escoar a borracha extraída na região amazônica.

A obra de proporções faraônicas para a época chegou a contar com a ajuda de 20 mil trabalhadores estrangeiros, vindos do Caribe, Estados Unidos e Europa, além dos próprios brasileiros. Porém, além das oportunidades de trabalho, a região oferecia também um ambiente de trabalho muito insalubre. Estima-se que aproximadamente 6500 trabalhadores tenham morrido durante as obras, vítimas de acidentes de trabalho e doenças tropicais, como a malária. Foi um período de sangue, suor e lágrimas, digno de cinema. Embora Rondônia não tenha ganhado as telonas, a região já foi tema da minissérie global “Mad Maria”, produzida em 2005. A trama contou a história sofrida dos anos da construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré.

Atualmente, pouco daquela época se encontra disponível para os turistas. Aliás, Porto Velho ainda engatinha como destino turístico, mas possui algumas atrações interessantes sob o ponto de vista da história do Brasil. Não deixe de visitar as três Caixas d’Água, símbolo da cidade que se encontra estampado até mesmo na bandeira da cidade. Porto Velho também abriga um museu com um acervo de quase três mil peças de presépios natalinos, trazidos do mundo inteiro. Trata-se do Museu Internacional do Presépio, fundado pelo Padre italiano Innocenzo Mangano em 1998. Vale a pena conhecer também o Museu da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, localizado num galpão do Complexo Turístico Ferroviário de Porto Velho.

Foto Porto Velho: giuliana_miranda no Flickr