Bucareste, a Paris ex-comunista do Leste Europeu

Típico edificio comunista da Bucarest

Romênia, país localizado no Leste Europeu, às margens do Mar Negro, conhecido internacionalmente por ser a terra do Conde Drácula. Porém, quem visita Bucareste, a capital deste país, percebe que a Romênia é muito mais do que esse estereótipo de vampiros e criaturas bizarras. A cidade de Bucareste é glamorosa e já foi conhecida como a Pequena Paris do Leste Europeu. Andar pelas ruas da capital é fazer uma viagem no tempo, diretamente para o período da extinta União Soviética. Sim, a Romênia fazia parte do bloco socialista que rivalizou com o capitalismo norte-americano no século XX. Não deixe de visitar o Palácio do Parlamento, principal cartão postal da cidade e segundo maior edifício do gênero no mundo, atrás apenas do Pentágono. A idéia de construir esse imponente edifício de 350.000 m2 partiu do então líder comunista e ex-presidente Nicolae Ceausescu durante a década de 1970. Glamour e comunismo de mãos dadas e toda a história daquele período podem ser conhecidos em visitas guiadas em inglês, alemão e romeno.

Vale a pena visitar também o Parque Herastrau, onde fica o Museu da Aldeia (Muzeul Stului). O acervo deste museu conta com diversas amostras em tamanho real da arquitetura das aldeias do interior do país, inclusive da famosa região da Transilvânia, no noroeste da Romênia. São várias construções típicas de madeira e réplicas de igrejas de Maramures espalhadas em uma enorme área ao ar livre. Além disso, é possível adquirir artesanatos e trajes locais no Museu da Aldeia. É um lugar perfeito para mostrar que não precisa sair de Bucareste para conhecer o resto do país. Isso é bom para os visitantes que não puderem incluir outros lugares além da capital no roteiro turístico. E perto dali, está o Arco do Triunfo, muito semelhante ao famoso monumento parisiense.

No que diz respeito à cordialidade e receptividade, os romenos são de certa forma, muito parecidos com o povo brasileiro. Assim como o português, a língua romena também é derivada do latim. Porém, durante a Idade Média, foi isolada geograficamente das demais línguas românicas, como o espanhol, italiano, francês e português. Com o passar do tempo, foi recebendo influências dos idiomas da família eslava, incorporando alguns termos e palavras. Para um brasileiro, não é muito fácil entender o que diz um romeno.

Além do povo amistoso, a capital romena de quase dois milhões de habitantes pode parecer confusa à primeira vista. Mas o trânsito típico de cidade grande, ou seja, caótico e a falta de informação ao turista não impedem ninguém na hora de apreciar a metrópole e entender a metamorfose da cidade – do classicismo, passando pelo comunismo e vislumbrando a Europa moderna. Aliás, as construções da cidade seguem esses estilos.

Foto: Thomas Desforges no Flickr