Conheça o Shard, o novo arranha-céu mais da Inglaterra

The Shard
The Shard, o prédio mais alto da Europa
Parece que os Emirados Árabes desejam espalhar aos quatro cantos do mundo o seu gosto por prédios grandiosos, belos e imponentes.

Financiado quase que totalmente por um grupo do Qatar, Londres recebeu no início de fevereiro a inauguração do arranha-céu Shard, que com seus 310 metros de altura conquistou a posição de prédio mais alto de toda a União Europeia, além de oferecer uma vista excepcional da cidade.

Sua construção começou em março de 2009 e seu arquiteto se chama Renzo Piano, que tem na conta a criação do Centro Georges Pompidou, referência turística na França, enfrentou diversos obstáculos para que sua obra saísse do papel: o local em que o edifício se encontra era ocupado por outro, que precisou ser totalmente desmanchado para dar lugar à nova construção.

O arquiteto também teve que lidar com a resistência de várias personalidades da cidade, que se opuseram fortemente à construção do prédio, alegando que ele seria “um caco de gelo atravessando o coração da Londres histórica”, frase que ajudou a batizar o prédio (shard significa caco, em inglês).

Mas William Matthews, chefe de execução do projeto concebido pelo arquiteto italiano Renzo Piano, rejeita as críticas.

“A torre Eiffel provocou reações de ódio quando foi construída, e agora é um monumento emblemático admirado pelos parisienses”, afirma William Matthews responsável pela execução do edifício londrino, que acredita que o tempo mostrará que a cidade só tem a ganhar com a aquisição do arranha-céu.

E, ao que parece, ele está certo: já foram registradas milhares de reservas para conhecer o topo do Shard, que espera receber cerca de 1 a 1,5 milhão de pessoas por ano a um preço de entrada fixado em 24,95 libras (US$ 40 ou cerca de R$ 80,00).

Por dentro do prédio

Além da altura respeitável, o prédio traz em seu interior escritórios de trabalho estilo premium (2º a 28º andar), um hotel(34º a 52º), residências de luxo (53º a 65º), lojas de compras, restaurantes (31º a 33º) e um spa (52º), além de uma galeria construída para visitas, que ocupa quatro andares da construção (68 e 72º) e possui 245 metros de altura.

Os responsáveis pelo prédio esperam receber um público diário de 8 mil pessoas entre visitantes e frequentadores do prédio. Uma curiosidade é que a música de elevador foi feita exclusivamente para o Shard e conta com a interpretação da Orquestra Sinfônica de Londres.

Foto: innoarchitecture.wordpress.com

Um tour com ex-moradores de rua em Londres

Tours guiados pela cidade de Londres
Tours guiados pela cidade de Londres
Um novo percurso de turismo surgiu em Londres, principalmente com o boom das olimpíadas na cidade. Ex-moradores de ruas estão fazendo tours guiados pela capital inglesa em ruas pouco conhecidas, além das áreas mais pobres da cidade.

A ideia surgiu do projeto social local Sock Mob Events, criado em 2010,  que tinha como objetivo colocar os visitantes em contato com as pessoas mais pobres. A partir disso surgiu a ideia de transformar em turismo. A idealizadora do projeto Faye Shields defende a ideia.  “Quem conhece melhor as ruas do que quem vive nelas?” Além disso, Faye ressalta a importância do projeto como ocupação para ex-moradores de rua. “É muito difícil encontrar trabalho quando você está nas ruas. Trabalhar como guia faz muito bem para a autoconfiança”, disse.

Hazel foi uma das moradoras de rua que entrou no projeto. Após a moret do marido em 2005, ela foi à Londres em busca de uma vida melhor. A inglesa teve dificuldade para achar moradia, além de não ter conhecidos na cidade. Ela viveu pelos becos da cidade até conseguir o emprego de guia turística pelo projeto Sock Mob Events. Com o dinheiro que ela ganha, ela conseguiu um lugar para viver e hoje continua trabalhando como guia contando a história de sua vida pelas ruas de Londres.

Com as olimpíadas a frequência de turistas na cidade aumentou. Com isso, o projeto acrescentou mais um percurso no roteiro: o bairro de Brixton. Antigamente ele era considerado um dos mais perigosos da cidade e com o tempo ganhou um ar mais boêmio ao receber mais bares e restaurantes ao longo dos anos, além da vinda de imigrantes de vários países. Atualmente, Brixton é refência no hip hop e muitas pessoas vão em busca de um cenário mais artístico e multicultural, bem presente na região.

O tour

O tour é guiado por um ex-morador de rua pelos lugares mais interessantes, embora pouco conhecidos, compartilhando suas experiências e vivências nos pontos relatados. O tour passa por lugares mais pobres, mas não considerados perigosos. Hazel garante que a segurança não fica comprometida, além do mais ela os leva próximos aos lugares onde os sem-teto dorme e não propriamente dentro desses locais. “Nós queremos apenas dar uma ideia de como é a experiência de dormir na rua.”

Quando acontece:

Toda sextas-feira às 19h e aos sábados e aos domingos às 15h. O tour custa 10 libras (cerca de R$ 30).

Foto: meliterra no flickr

Londres, o eterno destino para todos os turistas

London Eye sobre río Támesis

Apesar de parecer um dos lugares mais clichês do mundo, Londres sempre tem uma novidade para entreter qualquer pessoa. A capital da Inglaterra está localizada no sul do país e possui mais de oito milhões de habitantes. É uma cidade global Alfa, o que significa que é um dos lugares mais influentes no cenário cultural, político e econômico global. Sem dúvida, é um dos locais que devem estar obrigatoriamente na lista de destinos internacionais de todas as pessoas. Londres recebe nada mais, nada menos do que 27 milhões de turistas por ano. De acordo com o governo britânico, o setor do turismo responde por cerca de 10% do PIB nacional.

Além dos tradicionais pontos turísticos, como o Big Bem, o Palácio de Buckingham e a Trafalgar Square, o visitante também pode se divertir fazendo compras na Oxford Street, fazendo uma caminhada pelos agradáveis parques da cidade ou dando uma volta na London Eye – uma das rodas gigantes mais altas do mundo. Lá de cima, é possível ver toda a cidade. A paisagem é conhecida mundialmente. São inúmeras construções que se acumularam ao longo dos séculos e que permanecem em bom estado de conservação até os dias de hoje, em contraste com os arranha-céus moderníssimos do centro financeiro. Além de tudo isso, fãs dos Beatles podem atravessar a famosa Abey Road.

Para se locomover na cidade o turista não encontra nenhuma dificuldade. O sistema de metrô, além de ser um dos mais antigos do mundo, é também um dos mais amplos e eficientes. Há uma estação de metrô em praticamente toda esquina. Os tradicionais ônibus vermelhos de dois andares são outras boas opções de locomoção. Aliás, esses veículos são uma marca registrada que faz parte da identidade londrina. Pode não ser mais eficientes do que o metrô, mas vale a pena conhecer esse charme.

De fato, Londres é um lugar que nunca enjoa. Você pode visitar várias vezes e jamais se cansará. Isso é comprovado pelos inúmeros estrangeiros que podem ser encontrados pelas ruas da cidade. Londres também é repleta de museus, com destaque para a National Gallery, o Tate Modern, e o Natural History Museum. A maioria dessas atrações é gratuita. E não deixe de visitar o Madame Tussaud’s, conhecido popularmente como Museu de Cera. O acervo conta com réplicas em tamanho natural de várias personalidades mundiais esculpidas em cera. Diversão na certa!

O clima frio na maior parte do ano, com destaque para o inverno rigoroso, é o toque especial dado pela mãe natureza. Quem gosta de neve e dias nublados deve visitar a capital inglesa entre dezembro e março.

Foto: otrocalpe no Flickr