Etiópia oferece atrações históricas espalhadas pelas cidades milenares

Etiópia é um país ecologicamente diversificado

Apesar de não estar na rota do turismo internacional, a Etiópia pode ser um bom destino alternativo para quem se interessa pelos primórdios da história humana. Localizada no nordeste da África, próximo a península da Somália, a Etiópia é provavelmente um dos lugares mais antigos de ocupação humana no mundo. Vários fósseis de ancestrais do homo sapiens já foram encontrados no território etíope, como Lucy, um australopitecus de 3,2 milhões de anos. Atualmente, o esqueleto encontra-se preservado no Museu Nacional da Etiópia, em Addis Abeba, a capital do país. A instituição é famosa por abrigar inúmeros tesouros pré-históricos.

Com pouco mais de 80 milhões de habitantes, a Etiópia foi um dos poucos países africanos que não sofreram com a colonização européia nos séculos XIX e XX. A nação já era governada por um Estado monárquico independente, desde meados do século X a.C, embora a unificação total dos reinos que compunham o território só aconteceu no século XIX. As Dinastias etíopes fizeram parte de um longo período da história do país. Os primeiros imperadores da Etiópia mantinham contato com os antigos Faraós do Egito e, posteriormente, com os Gregos e Romanos. A soberania do país foi desrespeitada apenas durante a Segunda Guerra Mundial, quando a Itália invadiu a região durante um curto período. A Etiópia possui também laços históricos com três das principais religiões do mundo: O Islamismo, o Cristianismo e o Judaísmo. A memória dessas três crenças passa pelo território desta nação.

Toda essa história ainda sobrevive em vários lugares do país. Na cidade de Gondar, na região norte, os Castelos Faslidas são as principais atrações para os visitantes. O local, que era a antiga capital da Etiópia, abriga o Palácio Kusquam e a Igreja Debre Brham Selassie, com suas formosas pinturas do século XVII.

Vale a pena conhecer também a cidade de Axum, provavelmente a mais antiga do mundo. A Igreja de Santa Maria distingue-se pela curiosidade de que a entrada de mulheres no local é proibida, pois a antiga Igreja havia sido destruída por uma rainha pagã. As cidades milenares de Lalibela e Harar são outros lugares que merecem uma visita. A arquitetura preservada de todos esses lugares impressiona qualquer pessoa.

Na capital do país, o Museu do Instituto de Estudos Etíopes e o Museu de Adis Abeba possuem coleções de arte e arqueologia que apresentam ao público a história, o folclore e a cultura da Etiópia. A Catedral de São Jorge e suas maravilhosas pinturas e murais também é atração turística. Dentre os vários monumentos históricos e culturais, o Leão de Judah, na região central da capital, merece destaque. Este símbolo do Rastafári, ao contrário do que muitos pensam, não é originário da Jamaica, embora a crença tenha surgido no país caribenho. Vários elementos do Reggae e da religião jamaicana tiveram influência na cultura etíope. As cores da bandeira da Etiópia, o verde, amarelo e vermelho, representam o movimento religioso do Rastafari, que proclama o Imperador etíope Haile Selassie. Vários países africanos, ao declarar independência, adotaram bandeiras inspiradas no modelo da Etiópia, cujas cores passaram a simbolizar o movimento Pan Africano. O pan-africanismo defende a unidade dos africanos e seus descendentes espalhados pelo mundo, em especial nas Américas.

Embora a Etiópia seja um dos lugares mais pobres e desprezados do mundo, não se pode negar a enorme influência cultural que o país exerce em várias partes do mundo. Dentro do território etíope, está guardada a maior quantidade de Patrimônios Históricos declarados pela UNESCO na África.

Foto: josepmn no Flickr

Na trilha da Cidade do Cabo

A Cidade do Cabo é o maior destino turístico da África do Sul

A Cidade do Cabo é um dos principais destinos da África do Sul. A capital legislativa, que atrai turistas do mundo inteiro, possui uma vida noturna badalada com restaurantes e bares animados. Mas a sua principal atração é o ecoturismo para os visitantes que buscam se aventurar nas trilhas ou aproveitar as belas praias da região.

No extremo do Cabo da Boa Esperança, a cidade é a mais antiga no sul do continente africano. Famosa por suas praias e montanhas, ela oferece inúmeros passeios para os visitantes interessados no ecoturismo. Um dos lugares mais procurados é o Table Mountain, o cartão-postal da cidade. A montanha está a 1.086 metros acima do nível do mar, e para chegar ao topo, o turista pode subir pelas trilhas ou pegar um bondinho na estação de Tafelberg Road. A reserva Natural do Cabo da Boa Esperança é também outra opção. Ela está no ponto mais remoto da região. No parque, o turista tem oportunidade de ver zebras, avestruz e mais de 150 espécies de aves. O local também conta com restaurantes e lojas.

Na cidade há praias maravilhosas como a Boulders, uma das mais visitadas. Ela é formada por pequenas baías e se tornou um local para a colônia de pinguins africanos. Outro lugar que deve constar na lista de passeios de qualquer visitante é a Ilha Robben, declarada patrimônio mundial pela Unesco. É nela em que Nelson Mandela permaneceu 18 anos preso. A ilha virou uma área protegida e a prisão é agora um museu.

A Cidade do Cabo possui uma forte herança cultural. Fica claro os anos de influência dos holandeses e ingleses na arquitetura da região. A sua infra-estrutura cada vez melhor, principalmente após a Copa do Mundo, oferece bons serviços e passeios aos turistas que desejam provar um pouco do gosto africano.

Como ir:

A TAM e a South African Airlines realizam voos para a Cidade do Cabo.

Melhor época para viajar:

Como o clima na África do Sul é ameno, qualquer época do ano é boa, mas depende das atividades que for fazer. Se quiser aproveitar as praias, é melhor no verão.

Onde ficar:

O Derwent House Boutique Hotel fica a 15 minutos do centro da cidade, além de ficar perto da Kloof Street, rua com vários restaurantes.

Visto:

Brasileiros não precisam de visto se forem permanecer até 90 dias no país, basta apresentar o passaporte. É necessário tomar a vacina contra a febre amarela e apresentar o Certificado Internacional da Vacina que deve ser tomada pelo menos 10 dias antes do embarque.

Foto: eguidetravel no Flickr