Grand Canyon atrai aproximadamente cinco milhões de turistas por ano

Grand Canyon

A grande maioria das pessoas que planejam viagens aos Estados Unidos pensa logo de cara em Nova York, Disney ou Las Vegas. Mas o país mais poderoso do mundo também possui belezas naturais encantadoras que também merecem atenção, como o Grand Canyon. Localizado entre os estados do Arizona e Utah, o local já foi cenário de inúmeros filmes de Velho Oeste e atualmente recebe em média cinco milhões de turistas por ano. Apesar da paisagem da região ser árida, insuportavelmente quente e hostil, é possível desfrutar de bons momentos de diversão nesse lugar maravilhoso.  É aconselhável levar protetor solar, chapéu, roupas leves e calçados apropriados para caminhar pela região sem sofrer com as temperaturas do deserto, que alcançam os 40 graus com muita facilidade. Porém, como a altitude do local varia de 600 a 2400 metros, o clima pode variar drasticamente. Pelo fato de se tratar de uma região desértica, a amplitude térmica pode mudar drasticamente do dia para a noite. Por isso, é recomendável também levar agasalhos para se proteger do frio, que pode ser mais intenso no inverno com a ocorrência de neve em alguns pontos.

O Grand Canyon possui mais de 500 km de extensão e foi cavado pelo rio Colorado ao longo de milhões de anos. Aliás, é este o rio que atravessa o canyon. A paisagem é encantadora, com os desfiladeiros rochosos esculpidos pela natureza e o rio Colorado passando pela parte mais baixa do precipício. A altura dos paredões ultrapassa os dois mil metros de altitude e a largura varia de 6 a 29 km de comprimento. O Parque Nacional do Grand Canyon (Grand Canyon National Park), localizado no Arizona, a 402 km da cidade de Phoenix, oferece várias atrações para seus visitantes, como rafting pelo rio Colorado, alpinismo, pesca, passeios aéreos, trilhas pelo meio das rochas, camping, passeio de cavalo ou mula etc. Mas a atividade mais popular entre os turistas é apenas apreciar a vista, principalmente no nascer ou pôr do sol. Maravilhoso mesmo!

Há duas bordas do Grand Canyon: A borda norte e a sul. A maioria das pessoas visita a borda sul – que é cerca de 300 metros mais baixa que a borda norte – pelo fato de ser mais fácil de chegar e ficar aberta durante o ano inteiro. O interior do cânion, lá embaixo, pode ser desbravado a pé, em mula ou em balsa pelo rio Colorado. A borda sul abriga os pontos de observação mais populares, como o Desert View, o Grand Canyon Village e o Hermits Rest. A região também é dotada de uma excelente infra-estrutura hoteleira, que inclui hotéis, albergues e pousadas para todos os gostos e bolsos. Quem não gosta de se aventurar por vários dias no meio na natureza pode conhecer o Grand Canyon num breve passeio de helicóptero partindo da cidade de Las Vegas, no estado de Nevada. Mas, para apreciar esse roteiro, o visitante deverá desembolsar em média U$$300.

Foto Grand Canyon: David Alonso Rincón alonsorincon.com

Da cidade de Phoenix para os filmes de Bang Bang

Papago Park, Phoenix, Arizona

Construída num dos ambientes mais hostis dos Estados Unidos da América, a cidade de Phoenix é a prova da capacidade humana em superar os obstáculos de uma região seca, árida e desértica. Capital e maior cidade do estado do Arizona, Phoenix foi erguida literalmente no meio do nada. Com pouco mais de 1,4 milhões de habitantes, a cidade é a sexta maior dos Estados Unidos e, dentre as capitais estaduais, é também a maior. Quem visita a região durante o verão pode ser pego de surpresa com as altíssimas temperaturas do Deserto de Sonora, que podem ultrapassar os 40° C com muita facilidade. As mínimas também costumam ser quentes, numa média de 27°C. Por isso, a dica é beber muita água ao longo do dia e evitar andar a pé pelas ruas nos horários em que o Sol brilha com mais intensidade. Alguns prédios comerciais do centro costumam borrifar água para o lado de fora. Isso sempre soa como um alívio para quem passa por perto, já que a umidade do ar é baixa na maior parte do ano. Já no inverno as condições são mais amenas, com as temperaturas máximas variando de 18°C a 22°C.

Pelo fato de Phoenix ter sido planejada, fica praticamente impossível para os turistas se perderem, já que todas as ruas correm no sentido norte-sul e leste-oeste, exceto a diagonal Grand Avenue. Phoenix não é uma cidade turística propriamente dita. O local costuma ser visitado a negócios, por quem está à procura de tour pelo deserto do sudoeste americano ou por quem está a caminho da Califórnia.

Mas a cidade também tem seus atrativos, como o Jardim Botânico do Deserto (Desert Botanical Garden), com centenas de exemplares de espécies da flora local, espalhados por uma área de 140 hectares. Vale a pena conhecer também o Heard Museum, um museu totalmente dedicado a preservar a memória dos povos indígenas que habitavam o oeste americano. Aliás, Phoenix tem muita história guardada no que se refere ao Velho Oeste dos anos 1800. No Arizona Science Center, as pessoas podem assistir apresentações sobre o desbravamento do Oeste e sobre os índios Apaches, Hohokam, dentre outros. Tudo isso numa tela de cinema gigantesca. Já no espaço aberto da Historic Heritage Square estão algumas construções do século XIX que deram origem à cidade.

Os amantes da cultura do Velho Oeste não podem deixar de visitar o Rawride Wild West Town. Localizado a 20 km ao sul do centro de Phoenix, na cidade vizinha de Chandler, o local possui diligências, pistoleiros duelando no meio da rua, apresentações de música e dança típica e um cenário totalmente ambientado nos filmes de cowboy. Rawride também abriga restaurantes que servem pratos característicos da culinária western.

Foto Phoenix: dougtone no Flickr