As 7 maravilhas do mundo antigo

Pirâmide Quéops é uma das 7 maravilhas do mundo antigo
Pirâmide Quéops é uma das 7 maravilhas do mundo antigo

A origem da lista das setes maravilhas do mundo antigo é atribuída ao poema do grego Antípatro de Sídon, porém independente de onde vem a listagem ela é mundialmente conhecida e é incontestável suas belezas. No entanto das 7 maravilhas do mundo antigo a única que permanece até hoje praticamente intacta é a Pirâmide de Quéops no Egito, mas muitas outras maravilhas ainda tem ruínas e peças em museus que são a dica de viagem para os turistas que amam estar em lugares que unem beleza e história.

Vamos iniciar falando da pirâmide de Quéops, não é preciso falar muito sobre as belezas e mistérios do Egito, pois esse é um destino dos sonhos para qualquer turista do mundo. Uma das vantagens de conhecer a pirâmide de Quéops é que além de ver uma grande obra arquitetônica da humanidade repleta de histórias também é possível ver as outras duas pirâmides e mais obras do antigo Egito.

Os Jardins Suspensos da Babilônia são uma obra que constam na lista, mas até mesmo sua existência é colocada em dúvida, já que não há registro arqueológico que comprove a existência de tal obra, sendo assim, não há como turistas visitarem resquícios dessa obra. A Estátua de Zeus em Olímpia, como já foi dito anteriormente faz parte dos monumentos dos quais só restam ruínas, mas isso não deve desanimar aos turistas, pois visitar ruínas na Grécia é uma vivência que qualquer turista que se prese deve ter.

Na mesma linha da Estátua de Zeus está o Templo de Ártemis em Éfeso, atual Turquia, a região que já foi muito visitada em seus tempos áureos hoje é um amplo espaço de ruínas, e do próprio templo resta muito pouco, porém é uma dica aos turistas que se aventurarem pela enigmática Turquia. Em um processo um pouco diferente o Mausoléu de Halicarnasso não possui ruínas em sua localização original, os fragmentos desse monumento podem ser vistos no Museu Britânico em Londres e em Brodum na Turquia, fica a dica que uma visita ao museu londrino para ver fragmentos do monumento ainda proporcionará uma visão completa e histórica dessa e de outras construções.

Infelizmente uma obra como o Colosso de Rodes, estátua gigantesca em bronze do deus Hélios, após ter ido parar no fundo do mar após um terremoto, também é uma das maravilhas das quais não resta fragmento. Depois de sua queda ainda era visitada no fundo do mar, mas com a chegada dos árabes à ilha grega o restou dela foi vendida como sucata. Outra obra suntuosa que não pode mais ser revisitada é o Farol de Alexandria que apesar de ter tido suas ruínas encontradas no fundo do mar em 1994 não é um local de fácil acesso para turistas.

Após essa breve apresentação fica claro que está mais do que na hora de correr para ver o que restam dessas maravilhas da antiguidade, já que de muitas delas restam muito pouco ou nada, para os turistas amantes da história são passeios imperdíveis.

Foto: mol-tagge.blogspot.com.es

Maior reserva de patrimônio pré-histórico do continente americano está no Nordeste brasileiro

Serra Capivara é um Parque Nacional muito visitado

Criado com o intuito de proteger um dos mais importantes patrimônios pré-históricos da América, o Parque Nacional da Serra da Capivara abriga a maior quantidade de sítios arqueológicos do Brasil e de todo o continente. A reserva ocupa o território dos municípios de João Costa, Brejo do Piauí, Coronel José Dias e São Raimundo Nonato, localizados no sudeste do Estado do Piauí. A região é considerada por muitas pessoas um museu a céu aberto. São mais de 900 sítios arqueológicos, sendo que 657 apresentam pinturas rupestres nas cavernas e paredões rochosos. Essas gravuras indicam que o local já era habitado há mais de 50.000 anos. Em 1991, o parque foi considerado Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO.

No alto da Chapada da Capivara, existe um conjunto de quatro sítios que são diferenciados dos demais pelas pinturas feitas em tons azulados. Trata-se do Circuito dos Veadinhos Azuis. O conjunto é uma raridade para obras de arte pré-históricas, já que a grande maioria das civilizações do período desconhecia pigmentos dessa tonalidade. Para acessar o local, o turista deve percorrer uma trilha, num passeio de aproximadamente duas horas. Ao longo do percurso de subida, é possível admirar a paisagem encantadora da região.

Outro ponto famoso da região é o Sítio do Meio. Nesta área, foi encontrada a primeira ferramenta americana em pedra polida, datada de 9200 anos e os pedaços de cerâmica mais antigos de todo o continente, de 8960 anos. Vale a pena visitar também o Museu do Homem Americano, onde estão expostos artefatos de cerâmica, pedra polida, fósseis etc.

A preservação do Parque durante todos esses milênios deve-se, principalmente, ao equilíbrio ecológico do lugar. A Serra da Capivara abriga a maior área preservada do ecossistema da caatinga em toda a região Nordeste. Por isso, os patrimônios naturais e culturais estão intimamente ligados de um modo que a existência de um depende da conservação do outro.

Nos últimos anos, a fauna e a flora da região têm sofrido um processo de degradação causado pela ação do homem. A caça predatória já é o principal motivo de ameaça de extinção de várias espécies animais típicas do semi-árido nordestino. Uma das causas desse problema deve-se aos problemas sociais enfrentados pela região. O Piauí é um dos estados mais pobres do Brasil. A população local não tem consciência da necessidade de conservação do meio-ambiente e do patrimônio cultural. Por isso, é necessário integrar desenvolvimento sócio-econômico à preservação do Parque.

A região não tem muita infra-estrutura. Os melhores hotéis e pousadas estão em São Raimundo Nonato. Os visitantes podem acessar o Parque pela cidade de Petrolina, em Pernambuco. O município do estado vizinho tem um aeroporto que faz conexão direta com São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Recife.

Foto Serra Capivara: guiasobrebrasil.com

Turismo Arqueológico

Escavação arqueológica no Brasil

As pessoas são levadas a fazer turismo por diversas razões – conhecer outras culturas, aventurar-se em destinos inóspitos, fazer compras, ir à um evento, visitas à familiares e até o lazer puro e simples, instalando-se numa casa de praia ou em uma cabana no campo. Entretanto, todas são impulsionadas por um mesmo desejo, que é o de desligarem-se de suas vidas cotidianas, deixando todas as preocupações para trás.

Sabe-se também que o turismo, uma das grandes atividades econômicas da atualidade, é gerador  de receita e contribui para melhorar a qualidade de vida das populações locais. Já o turismo cultural, além de guardar estas características sócio-econômicas, consiste num dos mais efetivos canais de intercâmbio entre povos de diferentes origens. E é a partir deste segmento que emerge um novo tipo de turismo – o Arqueológico.

Considerado um desdobramento do Turismo Cultural, o Arqueoturismo surge como uma opção que nos leva ainda mais fundo na busca de nossas raízes histórico-culturais, abrindo possibilidades de sanar a curiosidade sobre civilizações há muito desaparecidas, e que antes só tinhamos acesso através de livros de história, documentários televisivos ou filmes de aventura. Dessa forma, esta modalidade turística não só promove o enriquecimento sócio-cultural dos turistas, como também das populações locais ligadas, direta ou indiretamente, à estas atividades.

Por outro lado, em alguns casos os arqueoturistas ainda contribuem diretamente com os trabalhos de pesquisas arqueológicas de diversas entidades engajadas no trabalho de trazer à tona os vestígios de antigas civilizações, objetivando responder as inquietantes questões sobre a origem do próprio Homem. Neste caso, estes turistas não são meros observadores. Mas contribuem de forma concreta para o progresso dos trabalhos de escavação de sítios arqueológicos.

E não pense que é necessário a formação em arqueologia ou cursos afins para fazer parte destes grupos de turistas-voluntários. Basta ter a idade mínima de 16 anos e, obviamente, um grande interesse na área. O treinamento é dado pelos por profissionais que acompanham os grupos nestas viagens, antes e durante as escavações.

Atualmente, lugares como México, Peru, Egito, Israel, Grécia, Espanha e Portugal, tornaram-se alguns dos principais alvos dos arqueoturistas não só por conta de seu monumental patrimônio cultural, como também pela ampla divulgação realizada por organizações engajadas na promoção do arqueoturismo nestes países.

Esse é o caso da Sociedade de Arqueologia Bíblica, entidade norte-americana que organiza saídas de campo em países no Oriente Médio e Europa. Mediante o pagamento de uma taxa de inscrição e das despesas que envolvem a viagem, pessoas de qualquer nacionalidade ou formação podem participar dos programas de escavações.

Inclusive, a referida Sociedade está a procura de voluntários para a temporada de verão 2011 (vale lembrar que o verão no hemisfério norte ocorre entre os meses de junho e agosto). Assim, quem tiver interesse em participar de escavações, saiba que as inscrições estão abertas para um total de 45 sítios arqueológicos localizados em Israel, Jordânia, Espanha e Itália. Para maiores detalhes sobre a localização específica dos sítios, tempo mínimo de estadia, bem como os custos de cada um dos programas oferecidos, acesse o site Find a Dig (‘Procure uma Escavação’, em inglês).

Foto: daphne12 no Flickr