Destino de inverno: Patagônia

Parque nacional Torres del Paine
Parque nacional Torres del Paine

A Patagônia é uma das regiões mais belas da América do Sul. Na parte chilena, no sul da Cordilheira dos Antes – por onde ela se extende- a paisagem é belíssima e marca a viagem de qualquer turista que está se aventurando por ela. Principalmente  no inverno, quando é possível aproveitar esse cenário natural junto com os picos nevados, dando uma ar especial a viagem.

A experiência de quem vai a Patagônia é única. Seja na Argentina ou Chile, pode-se aproveitá-la de várias maneiras fazendo trekking, caminhadas, ou andando em certas trilhas de bicicleta, como já falamos no Viagem Hoje. Mas isso é somente uma parte dessa aventura, repleta de lagos, florestas e cenários naturais dignos de serem visitados, independente da estação do ano. Mas no inverno, a região não pode ser deixada de fora da lista de viagens, afinal as temperaturas negativas, a neve e uma paisagem linda em clima invernal são também aspectos essenciais para se aproveitar a Patagônia.

Quem vai ao lado chileno não pode deixar de visitar a pequena e tranquila cidade de Puerto Natales. Lá está localizado o parque nacional Torres del Paine que atrai muitos visitantes principalmente pelo ecoturismo. O parque foi criado em 1957 e desde então seu grande atrativo é a fauna e flora da região, onde vivem guanacos e emas. É tão importante que foi considerado uma reserva da biosfera pela Unesco. O local tem mais de 240 mil hectares, cerca de 1.500 vezes maior que o Parque Ibirapuera – em São Paulo- composto por inúmeros lagos, rios, cachoeiras, além de belas montanhas e geleiras.

Para apreciar a vista do parque a melhor forma é ir nos mirantes – há vários no Torres del Paine- e apreciar os picos nevados na margem do lado Nordenskjold também é imperdível. Em dias mais claros é possível inclusive avistar os picos de Torres del Paine- que dá nome ao parque- e do Cerro Paine Grande, grandes formações rochosas que têm forma de torre. Ainda sobre mirantes, o do Los Cuernos também deve ser visitado. Ele está ao lado da cascata Salto Grante, além de ser possível ver o rio Paine.

O inverno dá o seu charme especial a região. Na temporada as geleiras são o grande atrativo. Há barcos que levam os turistas para vê-las de perto e em dias nublados elas ficam ainda mais lindas, por ficarem com uma tonalidade azul. Vale a pena encarar o frio, mesmo em temperaturas negativas, para apreciar de perto o que há de melhor.

Foto: vam11i12.wordpress.com

Chile: País dos Extremos

Plazza das Armas em Santiago de Chile

O Chile é bastante procurado turisticamente por sua geografia pouco comum. Localizado entre a Cordilheira dos Andes e o Pacífico, garante cenários de tirar o fôlego. Ao Norte, as terras são secas e ao Sul, há paisagens geladas. O principal objetivo de quem visita o Chile, é conhecer sua capital de estilo europeu, Santiago, conhecida pelas charmosas praças e parques e uma das áreas mais urbanizadas do país. Mas nem só de paisagens urbanas vive o país, que abriga um dos mais famosos desertos do mundo, o Deserto do Atacama. Conheça as cidades que valem a pena serem visitadas na próxima temporada!

Santiago – Capital do Chile possui uma infraestrutura hoteleira incrível. Em geral, os quartos possuem poucos móveis mas são espaçosos. Mesmos os hotéis mais simples, possuem espaço de sobra para uma família, por exemplo. A cidade possui muitas redes de hotéis internacionais. Não são exatamente luxuosos, mas são boas acomodações. A culinária de Santiago é muito influenciada pela Peruana, ou seja, pescados, frutos do mar e outras iguarias vindas do Pacífico. Não deixe de visitar a Plazza das Armas e os bairros boêmios.

Viña del Mar – Faz parte da província de Valparaiso. É o principal destino para quem busca passar o verão com sol e mar. O município praticamente vive do turismo, garantindo hotéis e acomodações bastante satisfatórios. O Festival de La Canción atrai turistas todos os anos, acontece em fevereiro e recebe mais turistas do que conterrâneos. A praia mais famosa de Viña del Mar, Reñaca, conta com prédios em formato de degraus que são sensação mundial.

San Bernardo – Localizado na Região Metropolitana de Santiago, San Bernardo conta uma grande quantidade de apart hotéis. Por ser um local praticamente residencial, o investimento recai sobre os prédios e estruturas urbanas. Os apart contam, em geral, com cozinhas acopladas aos quartos e mais de um banheiro. As acomodações são rústicas e bastante confortáveis.

Concepción – Não muito conhecida, Concepción possui belezas escondidas. Considerada uma comuna, a cidade tem atividades agrícolas e pouca área urbana. Ideal para quem quer passar um tempo longe do caos da cidade e da correria do dia-a-dia. A hotelaria não é muito extensa, mas por receber poucos turistas, visto que a maioria procura os centros urbanos, não há muita dificuldade para encontrar vagas. O trânsito em Concepción é bastante ameno, o que garante tardes tranquilas e ar puro. A pouca quantidade de carros garante um ar bastante saudável.

Leia mais sobre Chile:

Foto: vam11i12.wordpress.com

Uma ida a Ilha de Páscoa: o lugar mais isolado do mundo

Ilha de Páscoa

A mais de 3.500 km da costa da América do Sul, no meio do Oceano Pacífico, a Ilha de Páscoa, o lugar mais isolado do mundo e atrai milhares de turistas todos os anos para seus arquipélagos e, principalmente, para conhecerem as históricas e gigantes estátuas de pedra que estão espalhadas pela região. Até a chegada na ilha, é só a imensidão do oceano durante todo o percurso que vale a pena ser encarado para conhecer uma das culturas mais ricas do planeta.

A Ilha de Páscoa também é chamada de Rapa Nui pelos moradores locais que, por sinal, lembram muito o povo maori, os descendentes de polinésios na Nova Zelândia. De pele morena e rostos largos, eles fazem parte dos pouco mais de 5 mil habitantes, sendo dois terços os rapa nuis. A maioria vive no Hanga Roa, o único povoado da região, onde está localizado o aeroporto. A ilha é dez vezes maior que Fernando de Noronha e foi anexada pelo Chile há mais de 120 anos.

O isolamento é claro. Há uma única estrada praticamente toda asfaltada que dá uma volta na ilha. É possível percorrê-la em apenas uma hora de carro. Isso sem paradas. Quem procura por agitação, pode esquecer. Há apenas um supermercado, uma farmárcia e dois postos médicos para ajudar em problemas simples de saúde. Se for algo mais grave, o paciente tem que ser removido de avião a Santiago. Há também somente três escolas, sendo que uma ensina a língua rapanui. Não há universidades ou instituições de ensino superior.

Fora esse clima de isolamento, há algo de misterioso na ilha. Há diversas estátuas enormes espalhadas pela região, em meio a paisagem vulcânica. É possível visitá-las, inclusive as vilas cerimoniais, em um dia. Para quem quer ir em busca de um pouco de ação, vale a pena cavalgar até o cume do vulcão Maunga Terevaka. O percurso dura quatro horas e do topo o visitante tem uma vista panorâmica de todo o arquipélago.

Estátuas de pedra da Ilha de Páscoa

Os passeios de barco também são uma opção. Eles saem do ancoradouro de Hanga Roa e vão até rochedo Motu Kao Kao e a ilhota Motu Nui, onde o mar é um pouco mais agitado.  No rochedo dá para fazer mergulhos ou snorkel, pois as águas são mais tranquilas e claras. A paisagem embaixo d’água é tão deslumbrante que vale a pena a viagem até o Motu Kao Kao. As agências de mergulho Mike Rapu e Orca fazem passeios até essa região.

Os surfistas também têm vez. Na costa oeste da ilha, no período entre setembro e março o mar está ideal para o esporte. Já na península de Poike,  dá para fazer caminhadas ou mesmo andar de bicileta pelo local.

Foto 1:  Ndecam Flickr

Foto 2: riquard Flickr