Dicas para viagens nas cavernas

Caverna do Diabo, maior caverna de São Paulo
Caverna do Diabo, maior caverna de São Paulo
As cavernas estão presentes em diversas partes do mundo. Contam com características peculiares por receberem luz de sol quase nula. A escuridão traz alta diversidade mineral, além de outras riquezas naturais. Cenários com traços peculiares formados após milhares de anos. Conheça algumas dicas interessantes sobre como fazer uma viagem nas cavernas de maneira segura.

As montanhas podem trazer variações climáticas em níveis consideráveis. De noite, geralmente existe grande índice de ventanias. Quem deseja fazer aventuras nas cavernas deve ter em mente que o ambiente interno está na maior parte do tempo gelado. Por este motivo é necessário estar bem abrigado. Restos de comida não podem ser jogados na mata, mas sim adicionados nos em caixas de plástico.

Nível Técnico

É imprescindível a presença de guias para direcionar a viagem. Principalmente porque nos ambientes subterrâneos são necessárias caminhadas em nível inundado e com travessia de rios interno. Dependendo do nível se faz necessário o uso de técnicas verticais, caso de escaladas, descidas em corda e ascensões. Confira a lista dos equipamentos indispensáveis para fazer exploração nas grutas.

Capacete: Necessário para evitar com que desmoronamentos de terra afetem a cabeça dos exploradores. Também são fundamentais para as passagens nos trechos baixos.

Roupas: Na maior parte do mundo a exploração é indicada com macacão composto por materiais que fornecem alta proteção. Necessária alta resistência a brasão nos joelhos. Botas são necessárias para passar nos terrenos com alto nível de inundação. O solado necessita de qualidade para os terrenos de lama, rocha e zonas argilosas. Reforçado de forma atenuada na louça ou couro. Na prática, todo o corpo deve estar protegido contra os atritos que acontecem nas rochas.

Equipamentos: Em geral as lanternas ficam presas nos capacetes. As indicadas necessitam de alto poder de impermeabilidade, além de capacidade para durar longas horas de maneira qualitativa. As pilhas ou baterias precisam de proteção contra umidade, excedendo assim o tempo de permanência previsto para o funcionamento.

As mochilas de ataque são mais interessantes para este tipo de exploração. Pequenas e resistentes. Amarráveis entre si com cordas. Utilize recipientes impermeáveis, geralmente compostos por plástico no sentido de carregar alimentos, equipamentos eletrônicos, roupas secas, carbureto e baterias.

Os equipamentos de escalada necessitam estar na lista dependendo do formato existente na caverna, assim como os equipamentos de mergulho com configuração direcionada ao mergulho técnico nas cavernas, sendo necessárias inclusive reservas suficientes de ar. As ferramentas de escavação são úteis nas explorações de novas galerias subterrâneas.

Foto: jonycunha no flickr

Turismo em Cavernas

A Gruta de Ubajara é uma caverna localizada no município brasileiro de Ubajara, Ceará

Uma das maiores razões que nos levam a viajar é a chance de conhecer lugares novos e paisagens diferentes que não encontramos em regiões próximas a nossa casa. E que tal explorar paisagens que normalmente se encontram abaixo do nível da terra? Essa é a proposta do turismo em caverna, conhecido também como espeleologia.

Segundo a Sociedade Brasileira de Espeleologia, o país possui atualmente 5.577 cavernas cadastradas, de tamanhos que podem variar de 84 quilômetros (a extensão da Toca da Boa Vista, localizada na Bahia, a maior caverna do Brasil e do Hemisfério Sul) como a apenas algumas centenas de metros. Todas as regiões do país possuem alguma caverna, o que pode servir de auxílio para quem deseja conhecer essa modalidade turística.

Mas por que, se existem tantas cavernas, a espeleologia não é tão praticada no país? O principal motivo é a preservação do local: as cavernas normalmente são mais frágeis que outras regiões e as chances de danos são muito maiores. Portanto, toda a visita precisa ser extensamente programada, para evitar algum distúrbio à caverna.

O visitante também precisa ser preparado para esse tipo de passeio turístico: como as cavernas possuem uma fauna e temperatura muito peculiares, ele precisa ter a consciência de que deve causar o mínimo de perturbação possível e contribuir para a conservação da mesma, não jogando lixos, não alimentando animais e muito menos caindo na tentação de levar “uma pedrinha de nada” para casa. Sempre vale a pena lembrar que as cavernas demoram milhares de anos para criar forma e que, se a pedra está naquele lugar, deve se por algum motivo muito importante.

Outro fator que pode servir para limitar essa modalidade de turismo é o fato de que é necessário possuir algum preparo para se aventurar nas cavernas: por vezes pode ser necessário escalar ou nadar por alguma etapa da travessia.

 Mas, para quem se aventura por uma caverna, a sensação é inesquecível. O seu clima único proporciona uma iluminação fora do comum, além das formas esculpidas na pedra, que ganham formas das mais diferentes. Como exemplos podemos citar a já falada Toca da Boa Vista,  a caverna de Santana em São Paulo, a Gruta da lapinha, que fica em Minas Gerais, ou a Gruta de Ubajara, localizada no Ceará.

Foto: Wendley no Flickr