Uma ida a Ilha de Páscoa: o lugar mais isolado do mundo

Ilha de Páscoa

A mais de 3.500 km da costa da América do Sul, no meio do Oceano Pacífico, a Ilha de Páscoa, o lugar mais isolado do mundo e atrai milhares de turistas todos os anos para seus arquipélagos e, principalmente, para conhecerem as históricas e gigantes estátuas de pedra que estão espalhadas pela região. Até a chegada na ilha, é só a imensidão do oceano durante todo o percurso que vale a pena ser encarado para conhecer uma das culturas mais ricas do planeta.

A Ilha de Páscoa também é chamada de Rapa Nui pelos moradores locais que, por sinal, lembram muito o povo maori, os descendentes de polinésios na Nova Zelândia. De pele morena e rostos largos, eles fazem parte dos pouco mais de 5 mil habitantes, sendo dois terços os rapa nuis. A maioria vive no Hanga Roa, o único povoado da região, onde está localizado o aeroporto. A ilha é dez vezes maior que Fernando de Noronha e foi anexada pelo Chile há mais de 120 anos.

O isolamento é claro. Há uma única estrada praticamente toda asfaltada que dá uma volta na ilha. É possível percorrê-la em apenas uma hora de carro. Isso sem paradas. Quem procura por agitação, pode esquecer. Há apenas um supermercado, uma farmárcia e dois postos médicos para ajudar em problemas simples de saúde. Se for algo mais grave, o paciente tem que ser removido de avião a Santiago. Há também somente três escolas, sendo que uma ensina a língua rapanui. Não há universidades ou instituições de ensino superior.

Fora esse clima de isolamento, há algo de misterioso na ilha. Há diversas estátuas enormes espalhadas pela região, em meio a paisagem vulcânica. É possível visitá-las, inclusive as vilas cerimoniais, em um dia. Para quem quer ir em busca de um pouco de ação, vale a pena cavalgar até o cume do vulcão Maunga Terevaka. O percurso dura quatro horas e do topo o visitante tem uma vista panorâmica de todo o arquipélago.

Estátuas de pedra da Ilha de Páscoa

Os passeios de barco também são uma opção. Eles saem do ancoradouro de Hanga Roa e vão até rochedo Motu Kao Kao e a ilhota Motu Nui, onde o mar é um pouco mais agitado.  No rochedo dá para fazer mergulhos ou snorkel, pois as águas são mais tranquilas e claras. A paisagem embaixo d’água é tão deslumbrante que vale a pena a viagem até o Motu Kao Kao. As agências de mergulho Mike Rapu e Orca fazem passeios até essa região.

Os surfistas também têm vez. Na costa oeste da ilha, no período entre setembro e março o mar está ideal para o esporte. Já na península de Poike,  dá para fazer caminhadas ou mesmo andar de bicileta pelo local.

Foto 1:  Ndecam Flickr

Foto 2: riquard Flickr

Isolada e misteriosa: bem vindos a Ilha de Páscoa

Ilha de Páscoa abria a muitos famosos

A Ilha de Páscoa é o lugar que está mais distante de qualquer outra área povoada deste planeta, no meio do Oceano Pacífico, a 4100 km do Taiti e a 3700 km da costa da América do Sul. Essa longínqua ilhota de quase 170 km2 faz parte da V Região de Valparaíso, pertencente ao Chile. O nome do local se originou graças ao fato da (re)descoberta por navios ocidentais ter acontecido no domingo de Páscoa do ano de 1722. Junto com o Havaí e a Nova Zelândia, a Ilha de Páscoa forma um triângulo imaginário repleto de ilhotas numa região conhecida como Oceania Remota. Apesar das distâncias serem enormes e a sensação de vazio ser apenas um detalhe, esses lugares têm em comum a mesma origem polinésia.

Esta ilha emblemática é o topo de uma imensa cadeia rochosa que se esconde a três mil metros no fundo do mar, provavelmente formada há 3 milhões de anos. Os vulcões de Rano Kau e Rano Raraku surgiram em conseqüência dessas inúmeras explosões vulcânicas. E para apreciar do alto todo esse cenário não é necessário tanto esforço, já que o ponto mais elevado da ilha tem apenas 511 metros de altitude. Conhecida como “Te Pito o Te Henua” (no idioma rapanui, o “umbigo o mundo”), a Ilha de Páscoa abriga os maiores mistérios de uma gente que percorreu enormes distâncias para fincar um dos maiores enigmas da humanidade: As estátuas gigantes da Ilha de Páscoa. Essas grandes esculturas feitas de rochas vulcânicas são a marca registrada e cartão postal mais divulgado da Ilha.

Conhecidas como moais, as esculturas provavelmente foram construídas pelos nativos da ilha, o povo Rapa Nui. Liderada pelo rei Hotu Matu’a, aquela civilização teria chegado a Páscoa entre os séculos 4 e 8 com os objetivos de colonizar novas terras. Acredita-se que essas estátuas foram construídas em três períodos: entre os anos 800 e 1000 d.C e entre 1000 e 1200. Porém, é provável que a maioria dos moais tenham sido esculpidos entre os anos de 1200 e 1600 d.C.

Outra coisa que chama a atenção na Ilha de Páscoa são as cavernas subterrâneas interligadas por corredores escuros e largos, formados pela atividade vulcânica ao longo de milhões de anos. Ao entrar nessas cavernas, o visitante se vislumbrará com os grandes “salões” de pedras com janelas naturais e vista para o Oceano Pacífico. Não é à toa que a Ilha de Páscoa aparece com freqüência nos melhores roteiros do turismo internacional. 

Foto Ilha de Páscoa: mashipura.com