Um banho terapêutico no Mar Morto

Banho terapêutico no Mar Morto
Banho terapêutico no Mar Morto

O Mar Morto é uma das maravilhas da Jordânia. Os seus 80 quilômetros de extensão dividem o país da Cisjordânia. Infelizmente, devido a uma depressão  de 400 metros formada dentro do Mar Morto, as suas águas abaixam cerca de um metro por ano e até 2050 ele pode sumir por completo. Ele já é afetado fortemente pela agricultura que utiliza muito a água do rio. Preocupado, o governo está investindo na construção de um canal de 180 quilômetros para levar água do Mar Vermelho ao Mar Morto, com o objetivo de impedir que ele desapareça.

Conhecido por suas águas calmas, cinzas  e salgadas, o Mar Morto possui um grau de salinidade seis vezes maior do que encontrado nos oceanos. O turismo na região começou a ser explorado há pouco mais de uma década e atualmente há vários hoteis, spas e resorts.

Anualmente, cerca de um milhão de pessoas visitam as localidades. Mas as águas do rio são famosas principalmente por serem terapêuticas, não é a toa que há muitos spas.  Há muitos sais minerais como potássio e sódio que são essenciais para tratamentos estéticos. É uma forma natural de oferecer relaxamento aos hóspedes que estão na região.

Um dos hotéis que oferece serviços de spa com as águas do mar é o Mõvenpick, inaugurado em 1999.  Em entrevista ao Estadão, em 2008, o gerente do hotel Bruno Huber falou da importância da região: ”O Mar Morto é o primeiro spa natural do mundo”, disse. Ele também comentou a importância do turismo: “ A crescente demanda pelo turismo de saúde, beleza e bem-estar fazem do Mar Morto um destino estratégico”.

Além do Mõvenpick, há o Marriott e o Kempinski, todos hotéis cinco estrelas. Os resorts oferecem grandes acomodações, restaurantes e o famoso spa que não pode ser deixado de lado. O Mõvenpick, por exemplo, recriou uma vila árabe no seu complexo, então toda a área e as acomodações têm uma decoração e arquitetura árabe. E os tratamentos estéticos oferecidos no resort são a base dos sais minerais retirados do Mar Morto.  Um dos serviços imperdíveis do Mõvenpick é a hidromassagem. A piscina foi feita de uma forma que o hóspede tem a impressão que está no mesmo nível do Mar Morto.

Mas nada pode substituir a incrível experiência  de entrar no próprio mar e boiar em suas águas salgadas. Os resorts possuem uma praia particular, então não tem como perder a chance de conhecer de perto como é a paisagem. Mas é importante ter sempre em mente duas recomendações: devido a alta salinidade da água, é bom evitar o contato com os olhos, além de não ficar muito tempo dentro da água para não correr o risco de desitratação. Depois do banho, tire o sal do corpo em um dos chuveiros de água doce espalhados pela praia.

Um banho no Mar Morto acaba sendo terapêutico e relaxante para todos.

Foto: dprieto no flickr

Um banho terapêutico no Mar Morto

Atardecer no Mar Morto

Apesar do nome hostil, o Mar Morto é um dos lugares mais interessantes para se visitar em todo o mundo. Localizado entre Israel, Jordânia e Cisjordânia, no Oriente Médio, numa região de clima seco e desértico, este oásis de cor azul clara contornado por uma borda branca atrai milhares de turistas todos os anos. O grande atrativo do Mar Morto está na enorme quantidade de sal presente em suas águas. A salinidade do mar é de 33%, índice dez vezes maior do que todos os oceanos, o que inviabiliza qualquer tipo de vida no local. É do sal que vem a coloração branca nas bordas, que é formada por bolinhas de sal cristalizado.

Além do Mar Morto, existem outras atrações interessantes nos arredores, como passeios monitorados em camelos, jipes e bicicletas. Do lado israelense, é possível visitar a Reserva Natural Ein Gedi e as ruínas da fortaleza Massada, onde havia o palácio do Rei Herodes. Outro lugar descrito na Bíblia é o Monte Nebo, de onde Moisés teria avistado a terra prometida, já no lado jordaniano do Mar Morto. Opção de hospedagem na região é o que não falta para os turistas. São vários estabelecimentos, que vão desde albergues para mochileiros até hotéis de luxo, para atender a todos os gostos e bolsos.

A paisagem ao redor do Mar Morto também é de tirar o fôlego, com as montanhas amareladas próximas à região de Ein Gedi. Já o mar propriamente dito possui 21 tipos de minerais, que fazem com que suas águas sejam consideradas terapêuticas. Esse, aliás, é um dos principais motivos que leva tanta gente para a região. Potássio, bromo, magnésio, zinco, cloro, enxofre, cálcio, dentre outros. No fundo do leito, há uma gigantesca quantidade de lama negra, utilizada em tratamentos estéticos e dermatológicos. Ao mergulhar no Mar Morto, o turista pode curar ferimentos de pele, já que as águas têm propriedades cicatrizantes. É possível também aliviar doenças reumáticas e psoríase, além de aproveitar as propriedades antissépticas e antiinflamatórias. Definitivamente, quem mergulha nessas águas pode se considerar como se estivesse num verdadeiro Spa. Não há quem não goste de se banhar no Mar Morto.

Vale lembrar que não é necessário estar com problemas de saúde ou em busca de um tratamento estético para curtir um banho no Mar Morto. A alta concentração de sais aumenta a densidade da água, fazendo com as pessoas bóiem naturalmente. Dá para passar um tempo boiando no mar, relaxar e ficar totalmente Zen, embora a recomendação máxima de tempo para que uma pessoa fique na água é de no máximo uma hora. A partir daí, o sal pode incomodar as pessoas. Outra dica importante que merece ser lembrada é para que as pessoas não mergulhem em hipótese alguma nas águas do mar morto. A ardência causada pelo contato com a água extremamente salgada com os olhos é insuportável e pode até mesmo prejudicar a visão. 

Foto Mar Morto: maymonides no Flickr

10 mil anos de Jericó

Jericó é a cidade mais antiga do mundo

Independente da religião, quem é que não gostaria de ter a sensação de regressar no tempo, ao menos um instante, em um museu a céu aberto. Respire um pouco a intrigante época bíblica. Esta sensação é muito comum e emociona o grande número de turistas que visitam a cidade diariamente. Situada à quase 30 km de Jerusalém, Jericó, cidade paquistanesa com 10 mil anos de idade é a cidade mais antiga do planeta.

É como voltar ao mundo antigo. Existem artefatos e ruinas que remota aos tempos das cavernas. Os vestígios de diversas grandes construções descritas nas muitas bíblias estão presentes neste magnífico oásis com beleza natural árida banhada pelo clássico e mitológico, Rio Jordão, onde o conto acaba virando fantasia em um piscar de olhos na imensa e magistral paisagem arenosa. Tenha uma alucinação positiva no deserto.

A cidade das Palmeiras, segundo textos bíblicos, é o sonho de qualquer arqueólogo.  Praticamente um museu de História Mundial Antiga em céu aberto. As ruinas que duram no tempo realmente atraem todo o tipo de público. Lá podem ser encontrados vestígios, por exemplo: de uma torre que os especialistas alegam ter cinco mil anos a mais do que a datação oficial da construção das Pirâmides do Egito; Igrejas do período bizantino durante reconstrução do Império Romano no séc. IV; Palácios de Sultões do séc. VII, entre outras construções presentes na riquíssima história religiosa da região.

Hoje em dia, depois de longos séculos de palácios e ruínas, a cidade é exclusivamente dependente do turismo. Não é para menos, afinal, as grandes civilizações sempre estiveram presentes em Jericó, seja pacificamente ou por combate militar, este último infelizmente sempre mais frequente.  De certo que uma terra tão bela despertou a cobiça de grandes imperadores. E desperta até hoje, todos sabem do combate religioso existente ao redor de Jericó.

Contudo, a população de aproximados 40 mil habitantes entende claramente a importância que o turismo tem em suas vidas, e que a guerra só danifica o fluxo de turistas. No começo deste ano o governo paquistanês investiu cerca de dois bilhões de dólares na cidade, a maioria da quantia foi direcionada ao setor de infraestrutura turística. A quantia foi prontamente liberara para o investimento depois de seguros indícios sobre o título de patrimônio da humanidade que a UNESCO veio a conceder para Jericó.

Foto: Jamie Lynn Ross no Flickr