Exótica e atraente, esta é Nova Délhi

Nova Délhi tem uma cultura exótica

Nova Délhi, a capital da Índia, é um lugar que para ser visitado, é necessário que o viajante se livre dos preconceitos para receber essa cultura exótica. Localizada no norte do segundo país mais populoso do mundo, a cidade reúne a milenar cultura indiana com toda a sofisticação do mundo moderno. Vacas e elefantes andando pelas ruas contrastam com carros, motos, rickshaws e pedestres que circulam pelas vias, num verdadeiro trânsito caótico. Os veículos não respeitam as faixas e as condições das vias são péssimas. Para atravessar uma rua, é preciso muita agilidade. Quem visita Nova Délhi sente saudade do tráfego pesado que circula pela cidade de São Paulo.

A religiosidade da sociedade hindu é uma característica marcante do país. Nos finais de tarde de todos os dias, as pessoas fazem preces religiosas nas Igrejas ou nas ruas da cidade. Por vários cantos, é possível encontrar imagens dos mais variados deuses do hinduísmo, a religião mais comum. Dentre os deuses mais adorados, estão Shiva, Vishnu e Brahma. Ganesha e Krishna também estão entre os mais importantes. Turistas podem entrar nos vários templos, desde que deixem os sapatos e a câmera fotográfica do lado de fora.

Como em todas as grandes cidades do mundo, Nova Délhi também possui uma vida noturna agitada. Restaurantes típicos da culinária hindu estão espalhados por toda a metrópole, com opções que variam de cinco a cinqüenta reais em média. Centenas de bares e casas noturnas fazem a alegria de todas as pessoas, principalmente do público jovem.

O idioma hindu é muito diferente das línguas ocidentais. Mas é importante conhecer o mínimo do vocabulário para se comunicar com os indianos. Shukuriáh significa “obrigado” em português. Namastê é uma saudação de respeito para se cumprimentar alguém ou param puxar assunto. Ram Ram é uma maneira mais informal para saudar uma pessoa.

Nas diversas feiras de artesanato e roupas, os preços podem sair em conta. Mas antes de comprar, é recomendável pechinchar com muita paciência e cara de pau. Nova Délhi oferece diversas opções para quem deseja gastar.

Dentre os principais cartões de Nova Délhi, a Porta da Índia é uma homenagem aos soldados mortos na Segunda Guerra Mundial. A cúpula em formato de uma flor de Lótus faz do Templo de mesmo nome um dos mais bonitos do mundo. O local é muito importante para os praticantes da Fé Bahá’í.  É interessante dar uma passada também no Forte Vermelho, com sua arquitetura indiana típica, e o Túmulo de Humaymun, um mausoléu mongol considerado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.

Foto Nova Délhi: laboratoriodeurbanismo.blogspot.com

Uma longa de jornada de fé e devoção: Caminho de Santiago de Compostela

Caminho de Santiago de Compostela

Tudo começou em meados do século IX, quando o túmulo do apóstolo São Tiago (Saint James) foi descoberto no local que viria ser a cidade de Santiago de Compostela, no noroeste da atual Espanha. A notícia atraiu milhares de devotos vindos de toda a Europa para chegar próximo aos restos mortais do homem que foi discípulo de Jesus Cristo. As longas viagens dos peregrinos resultaram no surgimento do Caminho de Santiago de Compostela. Desde a Idade Média, o local se tornou um dos roteiros de turismo religiosos mais populares do mundo. Localizado entre a Espanha e a França, e com ramificações em Portugal, o trajeto traz enormes doses de religiosidade, história e lindas paisagens bucólicas. Vale lembrar que percorrer as estradas e subir as montanhas é, antes de qualquer coisa, um gesto sincero e fervoroso de fé.

Embora seja possível percorrer o trajeto de carro, motos, ônibus e bicicletas, a maioria dos devotos prefere viajar a pé. É, de fato, um desafio que requer um bom condicionamento físico. A rota mais popular do percurso está entre as cidades de Saint Jean Pied de Port, no sul da França, e Santiago de Compostela. São pouco mais de 800 km de extensão. Ao longo do caminho, foram construídas igrejas, castelos, muralhas, pontes, mosteiros e até mesmo cidades inteiras. O final do caminho é coroado com a visita à Catedral de Santiago de Compostela, construída há 800 anos e famosa por abrigar o corpo de São Tiago.

Existem outros caminhos que levam à cidade de Santiago de Compostela, mas os principais são mesmo aqueles que começam na fronteira entre França e Espanha, nas proximidades da cordilheira dos Pirineus. O “Caminho Francês” é um dos mais famosos e começa no interior da França. Quando entra na Espanha, a primeira cidade a ser visitada pelos fiéis é Roncesvalles. Existe também outra rota, conhecida como “Caminho Aragonês”, que entra no território espanhol pela região do Valle Del Aragón. Esses dois trajetos se encontram na cidade de Puente La Reina. A partir daí, basta seguir a oeste até chegar ao destino final. O turista passará depois por várias cidades, como Nájera, León, Astorga, Portomarín, dentre outras.

Os mochileiros da fé irão encontrar várias opções de hospedagem ao passar por esses lugares. As alternativas mais populares são os albergues municipais. Quem prefere um pouco mais de conforto e luxo pode procurar os albergues privados ou até mesmo os hotéis mais sofisticados, com restaurantes e opções de lazer. Uma dica valiosa para os peregrinos é evitar o inverno europeu e dar preferência para percorrer o caminho entre Abril e Outubro, quando as temperaturas estão mais agradáveis. A maioria das pessoas demora cerca de um mês para chegar ao santuário espanhol.

Ao chegar ao famoso Monte do Gozo, os peregrinos já podem avistar a cidade de Santiago de Compostela e sua imponente catedral. A sensação é de dever cumprido! Mas, vale a pena estender o passeio até um dos pontos mais ocidentais do continente europeu: o Cabo Finisterre, às margens do Oceano Atlântico. É tradição entre os católicos queimarem suas roupas no local para simbolizar a renovação, mudança de antigos hábitos e o início de uma nova vida.

Foto Caminho de Santiago de Compostela: Jexweber.fotos no Flickr

Linda e tensa, Jerusalém é pólo de turismo religioso

Vista de Jerusalém e do Domo da Rocha

Jerusalém, capital de Israel, possui 732 mil habitantes em uma área de 125 km2. A cidade surgiu no IV milênio a.C, sendo uma das mais antigas do planeta. O local é sagrado e importante para as três principais religiões monoteístas do mundo: O Cristianismo, o Islamismo e o Judaísmo. A maioria dos turistas fica atônita com a beleza das construções milenares, das pedras douradas que refletem a luz do sol, dos templos religiosos e, também, da instabilidade política.

A capital israelense é dividida entre “Cidade Velha”, cercada pelas muralhas, e a “Cidade Nova”. Com apenas um quilômetro quadrado, a Cidade Velha é dividida em quatro bairros – Judaico, Muçulmano, Cristão e Armênio. O Muro das Lamentações e a Mesquita do Domo da Rocha estão na área, próximo ao limite entre os bairros Muçulmanos e Judaicos. Para os cristãos, o lugar sagrado dentro dos limites da Cidade Velha é a Via Sacra e suas estações que levam até o Santo Sepulcro. Vale a pena visitar esse lugar.

Ao percorrer a Via Sacra, os adeptos de Cristo cruzam com árabes, judeus e soldados israelenses armados até os dentes. O ambiente é mais tenso do que qualquer favela carioca, embora esse tipo de situação seja parte da rotina em Jerusalém, um dos lugares mais peculiares do mundo.

Já para quem anda pela Cidade Nova, o Jardim das Oliveiras é um lugar sagrado para os cristãos. Algumas escavações que revelam detalhes sobre a época do Rei David podem ser visitadas do lado de fora da muralha. Definitivamente, o turismo religioso é muito forte em Jerusalém. Trata-se também de um verdadeiro museu a céu aberto.

Os museus de Jerusalém também merecem destaque, principalmente o Yad Vashem, ou Museu do Holocausto. A história é muito triste e deprimente, mas é uma atração praticamente obrigatória. Já o Museu de Israel revela um lado mais alegre do país, que apesar de viver em constantes guerras, é um lugar maravilhoso. A diversão em Jerusalém é garantida graças às baladas de música eletrônica da Antiga Estação de Trem. Já os bares do centro da parte nova da cidade ficam lotados de pessoas, especialmente jovens, durante o verão.

Situada numa região desértica, a uma altitude de 750 metros, a umidade relativa do ar é constantemente baixa. A dica é tomar muita água. Por estar no meio do país, as distâncias para outros lugares interessantes de Israel são curtas. Quem puder estender o passeio até o Mar Morto ou Tel Aviv não se arrependerá.

Foto: jasonwain no Flickr