
As pessoas são levadas a fazer turismo por diversas razões – conhecer outras culturas, aventurar-se em destinos inóspitos, fazer compras, ir à um evento, visitas à familiares e até o lazer puro e simples, instalando-se numa casa de praia ou em uma cabana no campo. Entretanto, todas são impulsionadas por um mesmo desejo, que é o de desligarem-se de suas vidas cotidianas, deixando todas as preocupações para trás.
Sabe-se também que o turismo, uma das grandes atividades econômicas da atualidade, é gerador de receita e contribui para melhorar a qualidade de vida das populações locais. Já o turismo cultural, além de guardar estas características sócio-econômicas, consiste num dos mais efetivos canais de intercâmbio entre povos de diferentes origens. E é a partir deste segmento que emerge um novo tipo de turismo – o Arqueológico.
Considerado um desdobramento do Turismo Cultural, o Arqueoturismo surge como uma opção que nos leva ainda mais fundo na busca de nossas raízes histórico-culturais, abrindo possibilidades de sanar a curiosidade sobre civilizações há muito desaparecidas, e que antes só tinhamos acesso através de livros de história, documentários televisivos ou filmes de aventura. Dessa forma, esta modalidade turística não só promove o enriquecimento sócio-cultural dos turistas, como também das populações locais ligadas, direta ou indiretamente, à estas atividades.
Por outro lado, em alguns casos os arqueoturistas ainda contribuem diretamente com os trabalhos de pesquisas arqueológicas de diversas entidades engajadas no trabalho de trazer à tona os vestígios de antigas civilizações, objetivando responder as inquietantes questões sobre a origem do próprio Homem. Neste caso, estes turistas não são meros observadores. Mas contribuem de forma concreta para o progresso dos trabalhos de escavação de sítios arqueológicos.
E não pense que é necessário a formação em arqueologia ou cursos afins para fazer parte destes grupos de turistas-voluntários. Basta ter a idade mínima de 16 anos e, obviamente, um grande interesse na área. O treinamento é dado pelos por profissionais que acompanham os grupos nestas viagens, antes e durante as escavações.
Atualmente, lugares como México, Peru, Egito, Israel, Grécia, Espanha e Portugal, tornaram-se alguns dos principais alvos dos arqueoturistas não só por conta de seu monumental patrimônio cultural, como também pela ampla divulgação realizada por organizações engajadas na promoção do arqueoturismo nestes países.
Esse é o caso da Sociedade de Arqueologia Bíblica, entidade norte-americana que organiza saídas de campo em países no Oriente Médio e Europa. Mediante o pagamento de uma taxa de inscrição e das despesas que envolvem a viagem, pessoas de qualquer nacionalidade ou formação podem participar dos programas de escavações.
Inclusive, a referida Sociedade está a procura de voluntários para a temporada de verão 2011 (vale lembrar que o verão no hemisfério norte ocorre entre os meses de junho e agosto). Assim, quem tiver interesse em participar de escavações, saiba que as inscrições estão abertas para um total de 45 sítios arqueológicos localizados em Israel, Jordânia, Espanha e Itália. Para maiores detalhes sobre a localização específica dos sítios, tempo mínimo de estadia, bem como os custos de cada um dos programas oferecidos, acesse o site Find a Dig (‘Procure uma Escavação’, em inglês).
Foto: daphne12 no Flickr
Ola Miriam acabo de recomendar seu post.
Oi Raquel, que bom que gostastes e recomendastes! Abraços!
Caro Miriam, eu acho que é muito importante ter muita publicidade a este tipo de turismo, porque é também uma ferramenta fundamental para o desenvolvimento de localidades, regiões e países onde há áreas de crescimento arqueológicasen.
Turismo arqueológico deve incluir visitas a museus, sítios e conjuntos arquológicos e expansão desde o século XVIII foi iniciado tem sido grande e tem crescido agora a grande escala, ea cada ano há centenas de milhares de visitantes e especialistas não-especialistas interessados no passado de todos nós.
Raul, digamos que o Arqueoturismo seja uma via de mão dupla: não só contribui para o desenvolvimento sócio-econômico da região, como também para o enriquecimento cultural dos arqueoturistas e da comunidade envolvida no trabalho. Por essa razão, e por todos os motivos também apresentados por ti, concordo quando dizes que deveria haver mais divulgação para este tipo de turismo. Bom, futuramente, talvez eu escreva mais sobre o assunto. Abraços!